quarta-feira, 28 de abril de 2010

"Alhures"

É a presença do que não vejo que me deixa assim "alhures".Me perturba . Medo?A vontade de chorar existe, como todas as vontades, passa. Ele e eu, eu e ele. Pobre felino, não o aceitam, não me aceitam. Ele animal sentimental, eu ser irascível.
Mundo colorido da casa verde da escadaria, fui feliz ele também foi. E juntos vivenciamos dias  gritantes e dias de profundo silencio. O que havia era a música que habitava em mim. E agora, cadê a música?? O mundo?? A cor??
A musicalidade bailava em cada sentido do meu corpo. Era eu livre???
Era perfeito demais para as contradições do meu ser.
A liberdade era um conjunto solitário de vozes que gritavam em mim.
Obrigada a também calar. Temo por você Detlef.
Estou só. Só com meu fiel escudeiro a vigiar meu sono.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

liberdade??

O silêncio, a chuva calma e tranquila, só com o barulho do vento , tudo parece tão fácil...observar a vida passar assim da janela da casa verde da escada.
A tempos a necessidade de estar só, e a sensação de que todo o vazio ou tristeza estão ali e são causados pela mente que se deixa perturbar...passos leves, o ser menos confuso chega, sente os sentidos, olhos pensativos de um mascarado sem pensamentos, sem medos, sem regras, o livre.
Frio sereno, sombras tomam formas, nota-se a presença, infestadas de erros, cheias de perspectivas e buscas, compartilham palavras, deixam-se ferir, criticam almas, almejam mundos, felicitam as guerras, disputam informações e depois choram o cansaço.
Normalidade e contato, fácil é complicado demais, seres enigmáticos desprovidos de calmaria...dormir e acordar na terra das coisas possíveis??? ...que nada...mais uma vez atrasada para a realidade...com os pés no chão, pés molhados dos dias chorosos do outono.

                                                                                                             Franchesca...

Descanse...

"Enterre todos os segredos na minha pele, desapareça com inocência, e me deixe com meus pecados..."



Os mortos nunca permanecem enterrados!
ligo??? não ligo???
Alguém um dia cantou "ninguém é puro anjo ou demônio", pretensão a minha acreditar que  isso ocorre apenas comigo,afinal, Eva comeu a maçã, e existe em cada um de nós a FUSÃO do bem e do mal, e a intenção é encerrar o ciclo.

O que eu quero eu vou te dizer

Querendo entender teu jeito de pensar me perco ainda mais, mas como você mesmo disse "eu tenho uma vida pra me conhecer e você já nem sei".Queria realmente saber o que você pensa. Quando o tempo com sua estúpida cronologação nos afastar, o que seremos um para o outro se não vagas lembranças.Somos desajustados.Você é responsável, te analise, se oriente.(Deus, não é verdade).Bem no fundo dos meus, hoje, vermelhos olhos, eu vejo em câmera lenta, sou evidencia, não tenho a quem culpar.Assumo.
Quando a gente se perde no ridículo do sentimento, o que fazer??? Maquinaria queria ser. E das tantas coisas que queria, também queria um raio x pra ver dentro da sua cabeça e desconectar os fios que não te ligam a mim!!!Quero todo o chá da China, quero não me perder, quero não me deixar dominar pelo leão que habita em mim, e pensando nisso procuro bem nas profundezas do meu cérebro um único motivo pra insistir ou desistir dessa  loucura.

sábado, 24 de abril de 2010

Detlef, meu melhor...


"meus melhores sorrisos pertecem a você"


Do nada apareceu você felino,
 com o silêncio do seu olhar me conquistou.
Dia a dia me ganhava,
era  você um animal
não menos que eu
tu se  fez real.
Me acalma, me inspira.
Gato das botas,
botas pretas que lhe calçam as patas
sempre perto estas
quando necessito desabafar
Detlef, se soubesse falar,
amigo, em ti poderia confiar???




...olho pra ti e olhas pra mim, é recíproco...


(srtª Clau)

Aos que criticam

...Não é plágio o que faço,apenas tiro todas as palavras inúteis,descrições e devaneios, raspo tudo e deixo no osso, então moldo.Enriqueço com a explosão de reflexões que inundam o mar que tem a complexidade de cada individuo que procura ler a vida.Faço a história permanecer nova e não permito que ela caia no esquecimento.
Inútil explicar, quando na verdade o mundo é surdo.Escrevo,e escrevo o que aparentemente sei.
Haverá um momento que não mais pedirei palavras emprestadas e assim sendo não mais descritora serei.Acordarei???
...em profundo sono repousarei.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

As tantas coisas

De todos os seres
só estarei
única e indecifravel.

milhões de coisas
a me assombrar
coisas que não
entendo e são tantas
que até passo a gostar.

recatada e atrevida
calma e explosiva
doce e amarga
e as tantas mais contradições
que couber na poesia

fazem parte de mim
o claro e o escuro
e as tantas coisas
que eu não entendo
como você.

A carta

"...continuarei respirando mesmo sem você, porque o sol vai continuar a nascer e as estrelas continuarão à brilhar, talvez não com o mesmo brilho que tanto me seduzia.Um dia espero poder simplificar tudo para que você possa entender meu jeito estranho de ser.Embora eu não sou do tipo que gosta das coisas mastigadas, prefiro mesmo é o prazer da descoberta da pura essência.
Justificar erros???Não creio q seja necessário, não há culpado ou inocente.A lei da vida não nos leva a nenhum tribunal..Agora posso dizer-te apenas que vivencio um circulo vicioso onde os dias vão passando rotineiros e automáticos.
Pra deixar de ser quem sou e abrir mão dos meus valores e das minhas verdades, só mesmo em outra vida e sei que não mais voltarei.Aceite!"
"...tempo tempo tempo, não há o que resista a sua cronologação."

sábado, 17 de abril de 2010

Auto-definição de Valentini

Não sei o que penso sobre mudanças, mas também tenho problemas com o que é definitivo.Não sei qual valor dou pra vida nem pra morte.
Sou atraida pela natureza e me preocupo como aquecimento global.Gosto demais do que é cósmico, mas não acredito no horóspoco, sou leonina. As vezes sou relativista, as vezes fatalistas, as vezes realista. Há quem diga que sou dramatica, outros dizem não sou inteligente, mas há quem afirme que sou uma pensadora...e tantas outras opiniões.Querem dar nome ao que sou, mas não quero definição afinal definição é definitivo, as vezes acho que sou mutante, não preciso de explicações, nem dar nem receber.Quero apenas SER.Não tenho medo de altura e dos meus abismos sei eu.Sou sedentaria sem culpa.Não gosto de me prender,e mesmo assim me sinto presa na propria liberdade.Ando meio longe, meio perto, meio na defensiva.Exijo demais.Me assumo irremediavel. Falo sobre mim na terceira pessoa, mas não hoje pois me sinto crua, e consigo apenas rabiscar palavras, só penso em juntar sílabas.Necessito escrever como auto-deifinição,escrevo pela indiferença, na obscuridade do meu pequenino espaço, continuarei a ser nada além de rabiscos.
Analise existencial. (srtª Clau)

Despertas em mim egoísmo

Minha eterna vergonha, me deixo inundar por um misto de tristeza e alívio e me reconheço fraca.
Desconhecido, não sabes o mal que infesta meu coração quando vens até mim.Me constrói.Me destrói.Imprevisivel es tu, alma que me leva à loucura do egoísmo.Dentro de mim???Crises.
Entorpecida de palavras caio em alucinação...
Desconhecido continuas a fingir, e o que está dentro de ti é inacabado, personagem em construção.
Me deixou alhures...quero-te tanto, quero-te sempre que vivo querendo não querer nunca!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

o bem x o mal

Hoje é sexta-feira todo mal e todo bem está em guerra, Valentini sente que tudo está prestes a acabar.Sente as pernas como blocos de pedra e o coração esmaga o seu peito, tal qual,Rosa Tatooada costumava cantar " o inferno vai ter que esperar".É importante a solidão.Quase nem se recorda do dia em que se tornara a Rainha da Neve, era um vulcão que se deixou adormecer, os fracos que se aproximavam se queimavam, e hoje permanece neste dia nebuloso, pensando no QUASE, no seu intimo ela se reconhece fraca e irremediavel, e entende o porquê que o quase não satisfaz ninguém.Se questiona há quanto tempo se deixara para viver em túneis paralelos, de humana passou a ser ficticia, e os pensamentos que invadiam era de endoidecer,a fantasia e o ´mundo real está separado por uma mulhara de papel e a qualquer momento ela pode rasgar a muralha e se perder no desconhecido.Bom mesmo seria, se a sanidade fosse engerida em capsulas, pelo menos ela pensava assim.
É sexta-feira e ela está só, todos os venenos do tédio certamente o mundo lhe dera.Seu método de voltar para o nada havia falhado.Perturbada demais para entender o momento, canções de amor falavam mais alto que chegava a ser gritante.Sexo,Drogas e Rock'Roll por que Valentini se deixa atrair? Era o queria inutilmente explicar a si mesma.Andava por caminhos e experimentavas sensações nunca antes imaginadas.Estava confusamente hipnotizada, o real e imaginario se confundiam se mesclavam diante de seus parados olhos.Efêmero demais.AMOR E PSIQUE é o que nos faz pensar.Amor e ódio??? Demasiadamente semelhantes.O que habitava aquele coração que há tempos não amava nem odiava, bruxas e fadas,tantos porsonagens...
que ela só conseguia pensar" O leão é o rei dos animais"?
Báh, ela tinha certeza estava sobriamente enlouquecendo, é amor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Amor requer reciprocidade

Amamos e logo vem a desilusão. E o que é a desilusão? È nada mais que uma falha na tentativa de conseguir reciprocidade afetiva. O amor é uma coisa que botam na sua cabeça!
Me vem na cabeça Drumond, "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém..."
pequenas coisas grandes canções que não sei cantar....amores que não sei amar...

Chuvas , raios e trovões

Estavam escondidas em cafeterias escuras, túneis paralelos, labirintos e porões.Na incansavel saga deparavam-se com outros seres encantados, eram duas e se protegiam caso alguma se deixasse encantar, possuiam seus mistérios, seus feitiços e alguns métodos para voltar ao nada, em geral elas não se deixavam conquistar, eram exigentes demais para tal . Franchesca é vingativa e tem o poder de esmagar o pequeno mundo que já almaldiçoara tantas e tantas vezes, porém Valentini a sábia, não permitia que a fúria de sua irmã estragasse o disfarce, "não traia a si mesma", era o que ela dizia. Se alguma delas perdessem o controle seria como entregar o mapa do labirinto que era restrito apenas à elas.Chove, a noite se faz longa,horas e horas interminaveis, dançar não é atrativo, pois seus orgãos bombeadores de sangue estão feridos. Está cinza. Perdem-se e entregam-se à floresta, chuva, raios e trovões é tudo tão convidativo. O dia, o arco-íris.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma breve apresentação ...

Nesse mundo, entre sonhos e fantasias, morando entre livros e realidades, estão nossas anfitriãs Franchesca e valentini, perdidas em suas idéias elas não precisam ser encontradas, não querem ser salvas e nem querem salvar ninguém. Pessoas não possuem magia, não gostam de dançar em volta de fogueiras imaginárias e nem ao menos são atraídas pelas noites em florestas encantadas. Humanos reclamam e choram, elas não teem paciência para todo esse melodrama. A vida se faz única e incrível para esses seres noturnos. São donas de suas vidas, criadoras de suas regras e valores e em meio a toda essa liberdade, se revoltam com aqueles pobres indivíduos que estão presos em condutas alheias.Antigamente as bruxas eram exterminadas, condenadas á queimar em fogueiras,e  hoje pleno século XXI Franchesca e Valentini sofrem de um mal que  nem mesmo elas entendem, enfrentam monstros e demônios,e o perigo não mais está fora e sim vive dentro delas.Escrever é a única opção de fuga.

Efêmero demais...

"Tem dias que tudo parece irreal, tudo aparenta uma realidade indiscreta... como entender? Vidas duplas, pequenos personagens com sonhos de viver grandes histórias e presos  no imaginário de um escritor amador. Pessoas à nossa volta querem tudo, mal sabem que o tudo não satisfaz ninguém. A busca pela perfeição e pela felicidade está chegando ao fim (ao menos é o que parece). Agora posso compreender o que algum tempo atras li em algum lugar, não sei ao certo onde, talvez seja em uma das tantas revistas que eu inventara para explicar coisas que ninguém podia entender, que pessoas buscam a felicidade como se fosse um objeto, como se fosse concreto, felicidade não se pode ver ou pegar, e sim sentir. Quando Franchesca me diz que sentimentos são invenções e  que não podemos sustentar toda essa coisa efêmera, me fecho em meu túnel paralelo,e penso que não sou dona de mim (e nem de ninguém).

"Meio fada meio bruxa, meio Bossa Nova meio Rock'Roll"

" É chato andar quando se aprendeu a voar."

Franchesca e Valentini se fizeram irmãs, se conheceram, se entenderam,se protegeram. (foi assim). Continuaram a saga juntas para não se deixarem cair, tinham seus medos, anseios, devaneios , verdades inventadas e uma porção de mentiras sinceras, elas estavam dispostas a contar para todos que quisessem-nas ouvir. Não era uma jornada fácil eram duas contra o mundo, eram apenas mulheres mas também eram bruxas, eram fadas, eram santas.Nem todos os olhos do gingatesco mundo poderiam defini-las e se conseguissem, quando conseguissem poderia ser catastrófico. Mas a certeza que tudo estava muito bem protegido em labirintos cerebrais as confortava. E era conforto o que ambas precisavam. O nada para aquelas bruxas era muito tentador, amavam a liberdade de ter nada, de ser nada, sim, amavam o tudo, o fascinio para aqueles corações femininos insanos era uma verdadeira complexidade do ser , do saber, do saber ser, queriam e buscavam incansavelmente o tudo e quando conseguiam o tuda já não bastava, e voltava a ser nada. Estavam certas sobre si eram sentimentais pedras mortas. Seguiam sendo alicerce. Pessoas são apenas pessoas, mas Franchesca e Valentini eram mais eram bruxas, eram fadas, eram santas, eram mulheres, eram deusas que de tudo sabiam. Elas estavam no caminho e a saga podia durar toda uma vida das sete que ainda lhes restavam.

Quebro os relógios, queimos os calendários e ainda assim há existência, tempo...tempo...tempo...