segunda-feira, 28 de junho de 2010

Alma beijando alma

Sobre o que quer que eu fale??? Eu quero tudo, mas o tudo é tão complexo, se eu descobrir exatamente o que quero já é grande coisa, mas mudo de opinião com frequência, e não é pecado mudar de ideia entretanto tem sempre alguém que espera determinada atitude sua, aí essa coisa de mudar de ideia acaba por não corresponder o que o outro espera.  Certa vez me disseram  que o que os olhos não vêem o coração não sente, os olhos do meu coração tem outra teoria, o longe não existe, o tempo não existe, o que existe é a individualidade. A caneta vermelha liberta e as cápsulas vermelhas amortecem, é perigoso me oferecerem, um tempo que não existe faz mal.  A leitura é preocupante, é muita viagem, é não ter e não fazer diferença mas precisar do drama, sendo livros, sendo autores, sempre sendo o pensamento do outro, entre pensante e ignorante tenho a necessidade da glória, da honra. A mente evolui não diminui, o corpo passa, a mente faz passeios, grande passageira à acenar com uma taça de vinho na mão, sem volta, sem circulo, fechado o circuito, enfim, erros e acertos, tudo sem acento, invenções são verdades, a história inventada é definitivamente a melhor realidade, a cegueira impede de olhar as olheiras das noites de insônia compartilhadas, é isso, não apenas um corpo com medida ou peso. Quero alma beijando alma, nômade, nem demônio nem monstro, ousando ousar.

sábado, 26 de junho de 2010

Um toque de ira e uma dose de poesia

Um toque de ira e uma dose de poesia, um misto de pecado e solidão. Por Deus quero meu amigo de volta, com a embriaguez de ira descubro que não te amo mais. Nem menos. Sempre resolvi minhas coisas por mim mesma, preciso voltar em órbita e dessa vez para o meu sistema solar e não correr o risco de ser excluída do seu sistema.
 QUEM TENTA TENTA TENTA... UM DIA DESISTE!!!
Aponto meu lápis para apontar os defeitos do mundo e toda a falta de sentido, meu lápis é da Faber Castel, meu mundo de fábulas e castelos.
O mundo bebe meu vinho na taça que quebrei, o mundo ri sozinho, irritante mundo a me irritar, irradiar não sei. Seu corpo era uma cantiga à embalar meu sono, mas o mundo foi ficando tão complicado como cantava Renato, e agora quero meu amigo de volta. Saudade de quando era só um bobo da corte, e não precisa ser o intelecto confundindo para esclarecer-me... bebo para esquecer e a bebida faz perder a compostura, então, por favor, uma dose de esquecimento e uma de simplicidade.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Normalidade

A cada dia mato um leão...
somos nós humanos estranhos sem humanidade...



Temos que deixar pra trás tudo que é normalidade
toda a maldade, miséria é normal, é inverno e vemos crianças descalças, vemos pessoas sem ter onde dormir, e fechamos os olhos para viver na ilusão dessa forjada normalidade, como me odeio por isso, como odeio aqueles que se preocupam com os desastres de outros países e não olham as nossas crianças, anjos que morrem dia após dia nessa nossa normalidade absurda, teatro de horrores, meus semelhantes morrem de fome, e falo isso com uma dor indizível. Não fecho os olhos mas não faço nada para mudar essa desigualdade, enquanto isso sou a normalidade indignada. Tenho nojo de mim, que tenho tudo o que preciso e mesmo assim estou sempre reclamando que me falta algo, algo que nunca faltou.
Não sei se é por que hoje estou por demais sentimental ou o quê, mas eu choro essa tragédia que é o ensaio sobre a vida, pobres anjos que não puderam viver e como cordeiros foram crucificados em prol de uma minoria que "precisavam" comprar seu caviar, Deus porque permite tais coisas?
Esses atalhos para esconder o mal que cresce em cada um de nós é assustador, é fácil esconder a sujeira em baixo do tapete.
Temos que gritar os erros e buscar corrigi-los.
Estamos na fronteira da razão e da loucura.


Pra que lado você vai?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Julgada tal qual Capitu

Amor, o peso dessa palavra tão forte e tão suave, que costumava mostrar o quão frágil são as pessoas que amam. Hoje, o amor revela-se a mim mais leve que uma pluma, não me provoca. Nada tem a ver com fugacidade. Efêmero, como poderei chamá-lo se não efêmero, me dizem nostálgica, me dizem dramática, me dizem romântica, me dizem Capitu. O fantástico mundo real, toda essa realidade tão efêmera, absolver ou condenar? Como posso pronunciar um veredicto? Sou só uma pessoa e me julgam tal qual julgavam Capitu. Acho mesmo que devo praticar o desapego. Um pano de fundo a colorir essa história, que ideia absurda! Sob a luz de uma conversa que nos transformou em personagens de Dom Casmurro, foi que cheguei a uma conclusão: somos nossos erros e acertos. Mas quem é que decidiu o que é certo ou errado? Quem pode ser mais que o outro, se somos todos humanos? Somos mentes ou corpos? Tanto tenho para falar-te, mas como raciocinar diante do teu sorriso? Sorriso perturbador.
Aumenta um misto de desejo lírico e épico, somos nós, estranhos, discretos e reservados na fronteira da razão, banalizando o amor normal. Ao ler isso certamente pensará “lá vai ela com seu melodrama mexicano”, nem vou defender-me, afinal tudo é tão simples.

Confiança, não me deposite confiança, pessoas dissimuladas não são merecedoras dela. Guarde-se para si. Poupe-se, economize-se. Eu disse TE AMO, quantas pessoas dizem te amo pra você, quantas pessoas sentirão sua falta, quantas pessoas você lembrará numa noite de insônia? Se em momento nenhum estive na sua lista, realmente não me deposite nenhuma confiança.

Sinto-me doente nesse exagero do nada. Lembro de quando Cassia costumava cantar “sou minha só minha e não de quem quiser”, acho que esquece quem sou e como sou, e todo amor de tempos, sofre uma sofrida mutação, decepção agora e dói, não para de doer. Desconfiança?

Não me conhece mesmo.

“mesmo nossa própria dor não é tão pesada como a dor co-sentida com outro, pelo outro...multiplicada pela imaginação, prolongada em centenas de ecos...”

Ao ler isso, senti que preciso reestabelecer a ordem no meu íntimo para que meu coração pare de chorar, esquecer de vez quem nunca quis me lembrar. Das lembranças não lembradas uma voz disse TE AMO, e nunca foi ouvida, não com o coração. Em pensar que você era meu paraíso pessoal. Se precisar mesmo de confissão, confesso! Confesso os crimes que não cometi e sei que sua mente humana já me condenou.

... disse Te amo, o que mais pode querer???

“Ter com quem nos mata lealdade” (Legião)

Sinto-me como uma Capitu!!!

Uma certa garota, um certo mutante




Era uma vez uma certa garota, tentando romper duros limites da realidade, para isso, sexo, em todos os sentidos, liberdade.
Os mutantes não têm culpa de serem limitados. Lentamente a alma retorna ao corpo dessa certa garota, ela sente gotas de ácido a ferver nos nervos, pensa em um certo mutante entretanto não se atreve a romper as paredes invisíveis.
Ela odeia se sentir vulnerável, ele a faz sentir-se assim. Amar é queimar neurônios, ela o ama. E isso vai apagando-a como um entardecer de outono.
Coração de leão, alma de poeta, um misto de ira com um toque de solidão. Ignorada pelo resto do universo, esta é a vida de uma certa garota. Mas a vida não é noticia e não interessa pra ninguém.
Essa certa garota pensa muito em um certo mutante, que a faz pensar em amor. Há quem diga que o amor é uma fraude, mas ela acredita que o amor é um limite que mede todas as pessoas, pra falar a verdade essa certa garota leu isso, que o amor possuía duas extremidades, e assim como o autor, essa certa garota sabia que sua extremidade estava acessa, e isso a deixava doente. Ela não queria seguir, ela queria permanecer eterna nos olhos de um certo mutante, ela deu seu mundo para ele fazer os movimentos de translação e rotação, e ele lançou o mundo fora do seu sistema solar. Para este certo mutante, essa certa garota não era mais que um marco no caminho do seu sistema.
Ela chorou, porém ela não era personagem de uma história teatral, e não estava disposta a colocar em cartaz suas cicatrizes, e muito menos fazer um concerto com a canção do seu coração, não queria de forma alguma nenhuma platéia, uma versão entristecida de um entardecer solitário, era esse o jeito de ser de uma certa garota.
Um certo mutante causou estragos, devido aos estragos uma liberdade abstrata se dissipou, o silencio tomou o espaço, ela podia claramente ver as diferenças de mundos, provou para si que o tempo não existe.
Ela separa um certo mutante da carne e do intelecto, inacreditavelmente não vê nenhum significado, só faz sentido se for os dois ao mesmo tempo, corpo e alma.
Essa certa garota não queria roubar ele dele, apenas queria mostrar que ambos poderiam ser vivedores, mas toda essa teoria era falha, pois ambos perdiam-se entre palavras, e nelas prendiam-se, armadilhas que os transformavam em seres renuncias. Nesse engano, um conflito, rotula-a como um céu cinza de verão, era sempre assim, depois da carga de felicidade do corpo, a alma partilhava o sono. Um sorriso medíocre enfeitava-lhes o rosto, alegria mentirosa, ilusória. O pior crime é fingir, ele comia ilusões e recheava com erros, e uma certa garota inconstante parecia apática sem aquele certo mutante. Talvez fosse apenas uma certa garota mas tinha uma dose de profundidade.
As coisas estavam estranhas, em momento algum ela deixou de amá-lo, mas o amor a deixava doente, entre ela e ele, ela era a pessoa, a rival inesperada, impossível competir. O amor dela mergulhou com ela e afogou-se no sangue do silêncio, mutante imutável foi nomeado amor.
Entre sonhos e realidades, em eterna contradição uma certa garota vivia, perdia-se do tempo que não era real e sonhava com todos os eus presentes naquele eu insatisfeito.
Um certo mutante dizia ser simples, e fazia o que podia, o que podia não era muito, era bom na cama, ela gostava, mas fora dela, ia se perdendo também. Pra essa certa garota toda a lembrança recente manchou uma vida inteira.
Ela não queria ter filhos com esse certo mutante, ela não queria que ele ficasse grudado nela, ela queria beijá-lo, segurar-lhe as mãos, compartilharem seus corpos em um acordo mutuo de desejo.
Na verdade, se é que podemos falar sobre verdades, é que ela sentia o amor como um inferno, e se via com um Dom Quixote desafiando moinhos de vento por um amor imaginário de Dulcinéia.
Um certo mutante e uma certa garota, ambos eram seres inteiros, não foram criados, não eram metades, e amor e inteligência não dão liga, ela sabia assim como o autor, que o amor só é inteligente se abstrato.O amor é abstrato e individual só sabe quem sente, o amor que ela sente fere-a, e para um certo mutante o amor é inexistente e deixado em ultimo plano. Essa certa garota queria matar o amor, pois sabia da sua inutilidade perante a vida, não podia tocá-lo e nem fazer sua vida sentir saudade da vida dela.
È fácil falar que uma pessoa não é ninguém quando se pensa o contrario. Em um tumulo sem nome enterrem o amor. Um certo mutante fez e desfez mundos para uma certa garota, as vezes o autor acredita que ela foi quem criou os mundos, e com isso o silencio não tardou em chegar, dissipou orgulhos, e a insanidade rondavam a porta de uma certa garota.
Eles tiveram bons momentos,dialogaram,sonharam, encontraram canções perfeitas, partilharam seus corpos e o sexo ora era com amor, ora com loucura, estava tudo muito bem, mas o tempo não existiu. Como conseqüências feridas apareceram e iam se fechando em si como um caracol. Estavam desajeitados e vazios, em algum momento desse tempo não acontecido, ela chegou a pensar que ele fora feito sob medida, nem mais nem menos. Havia a parede invisível a separar-los.
Em frias noites essa certa garota deseja mais, queria ser amada, embora o amor fosse estranho, sentia que precisava ir além da fronteira da razão.
Por mais que ela amasse esse certo mutante, nunca poderia entendê-lo, amar é mais que entender, o autor pensa isso, que se pode tentar entender alguém e não se pode tentar amar alguém, amor é involuntário.
È obvio que a vida dessa certa garota gira em torno de um certo mutante, e ele tem o poder de transforma-la em uma idiota feliz ou uma sabia ressentida. Essa certa garota toma os remos e não quer mais permanecer a mercê de um certo mutante e decide fazer o navegar do barco vital, e apesar de um certo mutante ser o oco do coração de uma certa garota, o desejo continua intacto, mas sem ele o clima não flui, o sexual devora, e o resto é chuva silenciosa, podem dizer que ela é exagerada.
Todo o futuro e o presente está na presença ou na falta de um certo mutante, o tempo não existe. Esta certa garota tem dançado com a lua, tem a alma estragada, e medicada por cápsulas vermelhas, ela deseja que seus passos sejam apagados. Ela era sonhadora, agora ela é vivedora, ela é uma boba, achou que com esse certo mutante não haveria truques nem desassossegos, que poderia respirar fundo o ar do entardecer, caiu em uma armadilha e foi lançada para um novo vazio, lembrou de quando conheceu aquele certo mutante perturbador, sabia que ela devia se afastar, uma enorme vontade de seguir em sentido contrario que só fazia-a seguir em direção daquele certo mutante e se perdeu nos mistérios do absurdo. Que bobagem ela olhar alem do seu nariz e achar que podia viver passos à frente. Certo mutante encheu com facilidade todo o vácuo, e a fez sentir-se como o melhor entardecer da primavera, ele tinha alma e melodia, e ela perdeu-se nos embalos noturnos.
Não há tempo, nem presente nem passado, mas há uma trilha sonora silenciosa composta por um certo mutante que vibra no peito de uma certa garota e faz com que ela tenha a sensação de que cai em um abismo sem fundo.
Abismada ela segura-se em um certo mutante, e permanecem no real, como dois estranhos a compartilhar o sono.







...você me lembra poesias sonhadas, canções não cantadas, filmes não vistos, amores imprevistos, um lugar inexistente, um casal como a gente...
Srtª. Clau

Morro quando durmo

Eu morro todo dia quando durmo,
pois dormindo sou apenas um corpo
 à descansar da alma.
o sono é a morte à corroer
esse silencio ensurdecedor corrói,
em palavras soltas
tenho a necessidade de me vender
não por dinheiro
mas por atenção,
e quando durmo morro
e me dói abandonar a alma.
São dores subjetivas
que me fazem mentir uma verdade,
amor,
nessa vida morri mil vezes,
meu veneno está fazendo efeito
e morrerei mais uma vez.

Aluga-se

Ando meio cansada dessa falta de dialogo, as pessoas precisam falar,
a necessidade de conhecer a mente é bobagem.
Somos a inexistência do amor por covardia.
Tenho sido o reflexo do que é pra mim. Não gosto disso.
muita coisa deve mudar, mude-se de mim. Deixe uma placa de "ALUGA-SE".

*QUANTO VALE UM HOMEM PARA AMAR VOCÊ?

Pra um casal

Unidos por suas desgraças, compartilham seus corpos e são um casal aos olhos alheios, estranhos solitários a partilhar sua solidão particular.
Ele, complexado com o medo da não aceitação, o medo de ficar só, medo de enlouquecer com sua politica filosófica que o afasta da multidão, ele precisa ser precisado, sente em seu intimo a necessidade de ser único para alguém, tem medo da culpa que o persegue e a insatisfação toma todo o seu vazio, seu abismo pessoal está marcado com uma gigante placa luminosa para envergonha-lo, com letras bem grandes foi rotulado INSATISFAÇÃO.
Ela, complexada com o abandono masculino, o primicio abandono fora paterno, todos os seus relacionamentos foram condenados ao fracasso, frustrada, não entendia o porquê de ser sempre a parte que dava o amor, e não a parte que recebia, suas tentativas sentimentais foram incontáveis e a mesma historia se repetia, ela buscava desesperadamente a felicidade no outro, não podia ficar sozinha, sufocava e sugava o outro até que o outro estivesse sem forças então ele fugia para viver, um drama de co-existência era o que ela vivia, uma procura incansável e insaciável pelo outro.
 Alguns acasos para uni-los, a ilusão aumentava na cabeça dela, e a culpa nascia na cabeça dele. Ela sugando ele se deixando ficar, eles caminhavam para o outro, não se sabe o que faz seguirem em direção ao amor pela fraqueza. Vão seguindo até que um dia um deles acorde e veja além da fronteira de acasos e deixem os limites para conhecer o outro lado.
Enquanto nada acontece o mundo lhe sorri, mas não há aplausos, ainda há tempo.

Conflituosa

Preciso de equilibrio para seguir a minha linha reta, que me é a ideia de tempo, gosto de pensar e estudar, não sou nenhuma cdf, gosto de pesquisar filosofos e me perder entre livros, nesse irreal mundo das letras é o real daquilo que sou. Perdida e apaixonada, paixão pela vida , pelo saber, se pudesse escolher desejaria fazer parte da multidão de idiotas felizes que exibem sorrisos marotos pelas ruas. Minha existencia é conflituosa.
As pessoas que me rodeiam,não entendem meu jeito, certamente as amo,amo-as porque me aceitam,as vezes acho que é um amor por obrigação, preciso aceita-las porque elas me aceitam, elas esperam alguma coisa de mim seria um pecado nega-las. Sorrio para elas, elas sorriem para mim, é um ensaio sentimental.
Se alguém pudesse atraves do meu sorriso parado ver toda a dor de uma vida, certamente compreenderia todo o silencio que grita nesses negros olhos entristecidos. Não busco entendimento. Sorrio, elas sorriem.

Amo o homem em você

Amar o seu corpo e amar o homem que há em você, duas combinações perigosas que quase me levaram a fronteira da loucura, na sua presença meu corpo trai minha mente e entrega-se, minha mente sabe que você tem suas limitações, e que limita-se a amar apenas meu corpo.
Somos mentes ou corpos?
Gostaria que amasse a mulher que há em mim, não sei dos seus sentimentos, mas admiro o fato de não expor sua vida para nenhum tipo de platéia, sua profundeza escapa à minha razão.
Quando se busca na sexualidade respostas para a mente, o prazer é só um premio de consolação por não se chegar a nenhuma descoberta.



"entre o amor e o ato do amor há uma grande diferença" (Milan Kudera)

A história a se perder em noites

Gostava de pensar que éramos um musical  a repetir-se, em um só compasso, dizia que era a minha partitura, nosso musical era um drama, um drama obsceno, natural e discreto.
Nos soturnos sonhos noturnos, abríamos o corpo e partilhávamos a alma, em uma vibração a nos embalar.
Saímos de cartaz, e você critica a feiura acústica, meus ouvidos te amam. Gosto mesmo do barulho, pois assim sendo não consigo decifrar palavras e em noites como esta palavras são doenças, clara escuridão noturna tudo é racional.
Personagens invisíveis dividem suas historias comigo, são erros humanos, choram suas desgraças e tragédias, que os transformou em seres derrotas, esperam aplausos, neutra permaneço, não compartilho o drama, não correspondo expectativas.Irreal teatro a me rodear, não sou personagem nem plateia, como um zumbi meu corpo se faz presente enquanto minha mente respira o ar puro das montanhas desconhecidas, um oceano contraditório de realidade inventada. sou como um gato espreguiçando as horas dormidas longe da alma.
Renunciar a simulação da vida e se deixar cair no ensaio sem amores clandestinos, abandono o fardo do amor, o meu todo é vago, a solidão da liberdade abstrata é o peso que vem e me perturba a alma.
se o amor é um combate, já vou logo dizendo não tenho disposição para travar batalhas com moinhos de vento.
Quando éramos dois a querer que a noite se prolongasse a cama se fazia um labirinto. As musicas nossas se fundiam. O amor e o ato do amor era um só.

Viagem ao centro do ser

Em um instante que inconscientemente fujo de mim, sob efeitos calmantes de cápsulas vermelhas, viajo.
Caminho pelo desconhecido da mente, aquela que sou começa a descobrir quem sou, há muitos quadros a enfeitar os corredores mentais, os quais detalham e me definem, o tempo e suas mudanças notáveis nas paredes paralelas de um labirinto, labirinto formado no psique de um ser personagem.
Viajo pra dentro de mim, histórica e abstrata, corpo e alma. Dessa história sou criadora, são tantas as criações que fui e ainda serei, sou corpo, sou alma, e vários eus. Dos inúmeros quadros a retratar meus personagens um desperta-me a atenção, nele um pano de fundo a rasgar-se mostrando o personagem do momento sendo dividido em dois e atrás escondido o criador, despedindo-se de sua criação.
Todo o tempo estive a olhar-me e rir daqueles que fui, sou espetaculo que nunca entrará em cartaz.
Entro em mim para saber quem sou, uma viagem ao centro do ser, conhecendo e enfrentando demonios nos estreitos corredores do labirinto, nos quadros tantas figuras conhecidas, quase um momento saudosista. Algumas pessoas eu deixei, outras me deixaram, mas não quero pensar em amor, voltemos para a viagem mental. Meus olhos voltam  a mim como uma estranha, quem sou? quando me criei? quando me deixei?
caminho mais e mais, não há  luz enquanto não amanhecer.

Feche os olhos

close your eyes




Worth it, finally got

worth it, passions that have not lived

I kept myself and now here



Close your eyes my love

it’s love I know

does not need anything else



Worth it

our eyes met

now here



Our eyes sought

July and will arrive shortly

I know ... I know ... he will come .... I know I love you



Close your eyes my love

in July and live forever

worth it I know



I know it was worth

July will come here

July will come here very soon .... I know ... I know your eyes told me he will come.





Feche os olhos



Valeu a pena, finalmente consegui

valeu a pena , paixoes que não vivi

me guardei e agora está aqui



Fecho os olhos meu amor

è amor eu sei

não precisamos de mais nada



Valeu a pena

nosso olhar se encontrou

agora está aqui



Nossos olhos se buscaram

e julho logo vai chegar

eu sei... eu sei... ele vai chegar....te amo eu sei



Fecho os olhos meu amor

e em julho pra sempre viveremos

valeu a pena eu sei, julho vai chegar



Valeu a pena eu sei

julho logo vai chegar

julho logo logo logo vai chegar eu sei....eu sei...teus olhos me contaram, ele vai chegar.



Srta. Clau

Pra ela

Pra ela


Valentini, eis a criatura que se eu disser que vou cuspir no mundo ela pede para ir junto, louca da minha vida, acordo te odiando e muitas vezes vou dormir te odiando ainda mais, mas entre dormir e acordar TE AMO, porque é a diferente igual, que dá conselhos até quando pede conselhos, que fica brava porque diz te gosto, e não diz te amo, porque ele está longe quando devia estar por perto. No fim somos mesmo o lado contrario, e é uma pena a terra ser redonda, não temos lado nenhum. Somos criticadas porque para acharmos alguém bonito ou feio, precisamos antes falar. Criamos um mundo drama e esquecemos de incluir o resto, o que nos resta é fugir para um anexo secreto com cheiro de morango, vamos???

(Fran)







Franchesca, eis a criatura que usa meu “vai lá” contra mim, tolera minhas piras e dramas, minha quase irmã, te escolhi para ser diário ambulante durante minha existência. Aos poucos entrou no meu clã. Divido com essa criatura aprendiz de “Poder” minhas músicas, livros, ideias e conhecimentos, divido o que sou.

Nossas teorias fundamentadas em sábios, gigantes dos livros, são as melhores. Somos mestre e aprendiz, um misto. Fazemos à verdade com o que temos, temos vinho, papel e caneta com cheiro de morango, somos letras criando palavras e colorindo histórias. Franchesca, nas mais de 10 coisas que odeio em você, é o que me faz amá-la.

Seu olhar malévolo, acompanhado do seu sorriso recheado de sarcasmo faz toda a diferença em meus dias entardecidos. Amo-te, porque é real e se faz presente, me acompanhando em uma insustentável leveza.

(Srtª. Clau)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eu te amo você (música)

Eu Te Amo Você


Acho que eu não sei não

Eu não queria dizer

Tô perdendo a razão

Quando a gente se vê



Mas tudo é tão difícil

Que eu não vejo a hora disso terminar

E virar só uma canção na minha guitarra



Eu te amo você

Já não dá pra esconder essa paixão

Eu queria te ver sentindo esse lance

Tirando os pés do chão, típico romance



Mas tudo é tão difícil

Que era mais fácil tentarmos esquecer

E virar mais uma ilusão nessa madrugada



Eu te amo você

Já não dá pra esconder essa paixão

Mas não quero viver

Te roubando o prazer da solidão



Eu te amo você

Não precisa dizer o mesmo não

Mas não quero te ver

Me roubando o prazer da solidão


Composição: Kiko Zambianchi

segunda-feira, 14 de junho de 2010

vai lá

De verdade estou cansada para essa brincadeira,
não quer diga NÃO e pronto, você tem esse direito,
mas não pode simplesmente ficar nesse bla bla bla,
 quer quer, não quer? BOA SORTE.
Ontem é passado,
não quero ter que te convencer a ficar , é
 humilhante, meu orgulho fala mais alto.
Bem no fim é isso, vai lá!
Não posso esconder-me ou fugir da verdade

...eu já nem sei, na verdade sempre soube que não sabia...

estranhos a se odiar

 Escutei e absorvi. Agora sou conhecedora, não sei o que fazer com a verdade do conhecimento, permaneço invadida por um desespero impotente. È inverno no meu mundo e um frio mortal assombra o povoado. Em noites frias ouço os soluços em mudos desesperos sem amparado.
Nessas noites sem lua, estranhamente as estrelas surgem no céu, mas não para brilhar, para rir do pânico terrestre. "Somos estranhos a odiar-se, queremos nos matar", li isso ontem, me fez pensar tanto, pensei no povoado, na família, e nas prioridades, prioridades detesto essa palavra, não sei se estou fazendo certo, tenho medo de acordar e ver que desperdicei minha vida remando para um penhasco.Entre nós consolidou-se um muro de silêncio, um amor amargo em vagos olhares vazios.Essa conspiração de silêncio não ajuda em nada, mas é forte, tão forte que ultrapassa o inverno e chega à primavera, e meu sentimento é imutável, queria que fosse como a estação com um sorriso discreto à exibir as flores coloridas, mas não, continua no obscuro silêncio.Olho à minha volta é confuso e vazio.Hostilidades. Presos no egoísmo.Nesse escuro perde-se à razão, insanidade.
O mal vem e toma o vazio, enche, temos o caos, nosso caos, caos alheio, e quando a insanidade surge e toma a maioria, passa ela a ser sanidade e os poucos conscientes desejam viver presos à encarar a catástrofe terrestre, uma voz disse :"calma a via-láctea foi feita pra você", e essa mesma voz conheceu a morte, um impulso de sangue toma-nos a cada momento, numa realidade indizível habitamos, e não podemos ao menos lembrar como era agradável plantar e colher. A vida foge, malévola, sombria, apática. O oco da razão restante é silêncio. Somos parte, no juízo final estamos, somos condenados por nossa falta de amor ao próximo, está chegando o fim posso sentir o perfume nostálgico para simbolizar a fé, que ressurge sedenta de misericórdia, nosso povoado é selva, somos selvagens solitários no meio,nosso ódio está nos matando. O juízo está chegando posso agora sentir o fogo, orar? coração arrependido,envergonhado e sujo, vê o sol.

domingo, 13 de junho de 2010

A loucura é racional

Não vai entender...não pode entender... desista ...

Tu seria incapaz de ler entre as linhas
o universo e tudo mais, esclarece e confunde.

...Desista, não busque entendimento, viva.
quão sinistro é estar na estação lunar, no limite da loucura,
não caia, segure-se firme na sua inventada realidade.Não ouça!
"o mestre" diz ao profeta: "liberte-se"
(liberdade e conhecimento =loucura),
fuja!
Loucura e seus sentidos.
não ouça, não veja...
Viva a ilusão do teu real
deixe-se viver personagem figurante.
... prenda-se... faça parte dos peregrinos.Aceite!
Aceite tua condição e sorria para que não te julguem, evite a guilhotina do mundo.
Negue seu conhecimento, entre na massa.
Não questione, não fuja da ignorância, agora você é ela.
...que vida essa de personagens sorridentes a figurar nesse filme que é "A Vida", poucos vivem.
A GUILHOTINA ME ESPERA.
"deixo o inferno"
... minha cabeça já não pensa, já nem tenho cabeça!

Deixe-se amar

-Amores platonicos,amores possíveis, amores prováveis e por fim amores reias.
Em qual você se encaixa?
-em todos.

"amo porque amo e amo para amar"

disse-me uma vez uma sábia:
"vivo apaixonada, apaixonada pela vida, pela família, pelos amigos, por todos que se deixam amar. Ainda não encontrei alguém para dividir, compartilhar, enquanto isso vou por aí amando."

...digo: deixe-se amar!

"saber amar, saber deixar alguém te amar" ... tudo é música!!!

12 de junho

È solitário ser só em datas como essa, pior seria gostar de alguém que não está pra você, e um dia esteve. Cinza.
Hoje poderia pegar meu celular e encontraria de A à Z muitos contatos a fim de sair e compartilhar momentos agradáveis, è uma pena eu não ser assim.
Sou do tipo de mulher "quente ou frio", não me basta qualquer pessoa, tenho em mente alguém especifico, e não quero descobrir o que existe entre o 8 e o 80.
Não tenho medo da minha solidão, estou ciente que é opcional, odeio estar rodeada de seres mornos, seres fatias, prefiro o inteiro da minha solidão. Frio,inverno completo.
Em dias como este, sinto falta de você,(não você que está lendo, você que estou pensando.).
Não quis ficar comigo, fez tua escolha, tuas regras, teus padrões, te impediram, ou nunca quis, não gostava o suficiente, eu não sei, e já não faz diferença entender.
Solitaria, o que é bom, justamente nesse momento  a sós é que inspiração parte ao meu encontro e impede-me de cair no abismo, constrói uma ponte de palavras para que possa seguir em direção as letras.
O pouco não é suficiente, meu gosto está cada vez mais refinado.Orgulho.
... me deixa triste ver-te implorando pra ver-me, desejando-me muito além do que o próprio desejo. E eu aqui à entregar-me à uma vida bela, meu paraíso vem em cápsulas e é proibido,não imploro para ver ninguém, nessa solidão tumular, mergulho em pensamentos , o porquê à terceira pessoa não deseja estar com a primeira pessoa.Tu me mas, amo ele, e ele é interrogação...Meu jeito de amar. Não sou do tipo que grita o amor, prefiro o silêncio, escrevo. Sou calma, com minha calma morro todo dia. Ninguém precisa velar-me, minha morte é só minha. Egoísta. Como um zumbi estou de corpo presente para os cegos à minha volta. Data melancólica, um dia de todos os dias para celebrar a solidão na certeza que a vida é como Drumond disse: "Desencontros"
"João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém..."

...é cedo para perder a estação...

sábado, 12 de junho de 2010

Girassol

È à noite que o girassol perde seu rumo.
Olha para o alto, e nada vê,
triste, olha para o baixo
e chora o abandono.
E são tantas idas e vindas
que não sabe se ama
ou odeia
 todo o sentido da sua vida.
Sol.
Hoje também sou, girassol.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

sintetizador

Nos romances de antigamente os casais morriam de amor quando separados, não sei se é porque leio bastante ou o quê, mas acredito mesmo que pode-se morrer de amor, eu morro e nasço constantemente.
Dá pra fazer um romance  das tuas tantas idas e vindas.
A menina complexa, o jovem sintetizador
uma guerra de intelecto ódio e amor.
Que tal?
Tá bem, talvez não dê romance
um conto?
uma crônica?
prosa?
uma poesia?
ok, não faremos nada, pois escrever é a quebra do silêncio.
Chega de morrer.
Enterro o amor, antes que ele me enterre.

...este é o nosso segredo...

"eu sei o que vocês fizeram no inverno passado"

Um mau dia

Essa ideia de amar você não me apetece mais, não sei o porquê, mas realmente sinto que amar sozinha já não se encaixa no meu psique, preciso mesmo de reciprocidade.
Não é carência, nem solidão, entretanto a brilhante frase "temos que nos bastar" pra mim não faz o menor sentido, se eu não tenho com quem compartilhar meus momentos. Talvez hoje eu esteja apenas irritada com o dia de ontem e queira tapar o sol com a peneira. Deixo tudo pra última hora, só pra sentir o drama. Um mau dia, acho mesmo é que as bruxas estavam à solta, só queria que tudo  acabasse. Aí achei que se você estivesse aqui seria menos horrível... mas claramente vejo que você não estava, como de fato nunca estará aqui, não pra mim, ACORDEI COM VONTADE DE PROTESTAR!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ele

Tire os olhos azuis, as botas pretas e a mascara e o que sobra????...
Um barulhento que vai passear no teto da vizinha, que traz seus amigos aqui pra dentro como se fosse o coisa mais normal do mundo...arranha tapete, arranha mão, foge em dias de fazenda, faz greve de fome e nos deixa doentes com isso, nosso complicado e perfeitinho.
Não precisa nos  entender pra ficar perto, não precisamos ficar ligando, implorando um pouco de atenção, precisamos apenas dar comida e não alimentar seu ego, sorrisos de olhos azuis, te amo por que é fácil amar bicho...DETLEF!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"eu não consigo"

...e tudo era silêncio, quando do nada um grito fez-se ouvir, "eu não consigo" gritava o grito, repetidas vezes a mesma voz gritava,solitária, e logo outras vozes juntaram-se ao grito. Em pouco tempo o grito apenas ouvido passou a ser visto, e nele havia inúmeras não prováveis faces. O grito foi crescendo e o silencio diminuindo, eram tantas vozes e faces num continuo coro "eu não consigo". Os seguidores do comodo silencio sentiram-se incomodados, a causa:o grito ainda gritava, "os grandes" tentavam decidir se era melhor o grito calar ou o silencio quebrar. Entre grandes e pequenos o grito ganhou força e foi rompendo o mundo de todo mundo. Parecia mesmo uma Torre de Babel, pra trazer paz, houve então uma guerra, a questão era "gritar ou silenciar?"
Muito sangue foi derramado e o silêncio de vez silenciou. Foi no fim da guerra, que a primeira voz  olhou tudo à volta, e pôs-se à chorar, "eu não consigo"  falava baixinho, em poucos minutos todos puseram-se à chorar, os gritos choraram o sangue que a guerra derramou, de nada a guerra adiantou, pois agora em silencio tudo ficou. Só agora com muita dor, a primeira voz pode entender que o que não conseguia, finalmente conseguiu, e em silêncio também ficou.

terça-feira, 8 de junho de 2010

ta

a vida é mesmo um risco......tia!!!!!!!!!!!!! meu risco saiu do risco...

"amor estranho amor"

Queria que tudo fosse um eterno começo,  que os amores todos congelassem, no olhar e no sorriso, que no clímax o tempo parasse. Utopia.
O tempo nosso passou e nos perdemos no relógio, não sei como nem onde, em qual parte do calendário nos afastamos, estávamos contabilizando os passos para um "SIM", caminhando de mãos dadas pelo tempo, e num piscar de olhos não havia você à segurar minha mão pela estranha estrada da vida.
Continuei, me perdi nas contas e recomecei, o que eu poderia fazer a não ser seguir?
Olhava o tempo com outro olhar, olhos órfãos na intenção de restituir, ombros contraídos, como se o peso do mundo estive à pesar ali.
"Esse é o meu problema, os problemas que eu não tenho e minha mente cria por você", nem mil sábios poderiam descrever os pensares dos mais tristes e famintos olhos que anoiteciam minha face, a menina do sorriso parado, única descrição visível, nem mil poetas poderiam dizer da imensidão dos sentidos que sentia, as tentações surgiam e nada atraia, você era meu único e real pecado.
Quis decifrar o tempo e busquei respostas de Janeiro à Janeiro, em vão foram as buscas. Lentamente foi passando.
Um dia do nada, a música foi falando, aos poucos clareando para novamente escurecer em um novo tempo, em um novo eu, em um novo começo, nos mesmos sentidos perdidos. Estamos todos condenados ao insoluvel amor.


(meio confuso mas essa é minha estranha maneira de amar...
ao som da tua musicalidade me deixo levar pelos caminhos obscuros que queiras tocar,
"amor estranho amor")

segunda-feira, 7 de junho de 2010

velhos vestidos

Era ela uma menina vestida de velha, com os cabelos cinzas a cantarolar, tinha os pés descalços e machucados pelo descaso desses pobres velhos encapuzados com suas juventudes apodrecidas,  os olhos da menina estavam chorosos como os de uma mãe que perde o filho, talvez estivesse apenas cansada do cheiro da indiferença, lembrei de quando era criança....do medo de olhar o mundo, medo de acordar e estar sozinha, medo de sair e atravessar a rua sem pegar na mão...medo e vontade são coisas que passam. passam como a velha menina que se foi acompanhada da minha gratidão, e aqui estou eu, leve com as fadas, ainda sinto os olhos dela, não sinto pena ou culpa...espero que ela se encontre ou seja encontrada, que seu sorriso não seja de esmola, que a vida seja no mínimo suportável, que ela tenha nos anos que ainda lhe restam um anjo que a guarde da dor, minha menina de mais de sessenta que me chamou de senhora e ganhou meu coração, estava sentindo falta da simplicidade que costuma estar fugida dos meus dias, espero ve-la novamente, ouvir suas histórias...obrigada por me fazer sentir humana....
                                                                                                                     

Por enquanto te odeio

Não tenho problemas, você os tem... e o teu problema é que deve ter outro alguém,você tem um Q de não se o quê, e vai conduzindo lentamente a situação por caminhos estreitos, vai envolvendo com essa vaga ideia de filosofia... tudo lentamente...Me conheceu, me conquistou e por isso te odeio, por estar agora apaixonada, por alguém que não se deixa apaixonar, e agora "meros tolos devaneios à me torturar "me tomam à razão, um ciúme que é todo meu. Te odeio por pensar em você todos os minutos do dia de hoje. Te odeio, por que preciso odiar, quase não me reconheço ouvindo "secos e molhados" só porque tu gostas.Te odeio. Odeio você por estar agora escrevendo idiotices ao invés de estar sentada lá fora na minha cadeira se sol,lendo, enquanto mergulho no maravilhoso sol do inverno, é só de amor que sei falar ou pensar, é, eu te odeio por respirar você, doce ar, que respirando mantenho-me viva morrendo a cada segundo.(Oh! drama.).
O odeio pois é inverno, e você não está aqui.È inverno e o vento frio da estação me leva a navegar por entre mares de sentimentos conturbados...tanto amor me faz odiar, não tão simplesmente é o jogo... nesses dias entardecidos vejo o sistema de erros que me tornei. Insatisfação por não ter resposta. È tragico!!!

Leitura do dia

Quando uma mulher lê 208 maneiras de deixar um homem louco de desejo???
Tá tudo acabado! Aos 23 anos lendo isso?
Realmente tenho que rir de mim mesma. À sua maneira, vou levando.
"você é o caminho da cama, cama que traz sanidade"


Decididamente quero um aquecedor nesse inverno.

domingo, 6 de junho de 2010

Tudo quase vira nada

Esse passado recente me enlouquece, não quero que seja passado, eu disse te amo. Então me deixe de vez, diga não! Para que meu coração possa sofrer em paz, eu não quero aprender a tolerar o tormento que me causa, em vão te amo, só, solitária no suave embalo do vinho, parece que tudo foge para outro lugar, pra um lugar onde não me atrevo a ir em busca de ti, não me movo mas te amo. Não preciso de você, mas seria agradável que estivesse aqui, juntos a não precisar de ninguém, sem aquele bestial amor dependente... é cansativo esperar que passe, quase passa todo dia, mas aí fecho os olhos e sua imagem vem sem que eu a chame. Sou atraída por você, físico e intelecto, você é e tem sido meu desejo, vontade e atração, por seis meses, e não passa nunca, eu disse te amo e não quero que passe, entretanto não corro atrás de você como uma boba apaixonada. "o tudo quase vira nada, e mesmo sem exagero de tudo sempre fica um pouco".
E esse meu pouco, multiplica-se!

sábado, 5 de junho de 2010

Parei sol

Muitos dos girassóis morreram, maldição!
Roubar girassol não é mais meu caminho dourado. Parei sol. Quando não queria, aconteceu, sem sol pra girar, num contínuo eclipse à escuridão invade. Talvez a escuridão me venha como um remédio. Girassóis aparentemente tão fortes, não sobreviveram, tudo é aparência, nada é insubstituivel???
Meu querido girassol, aparência é só matéria, um morre outro ocupa o seu lugar, sem nem guardar luto. fecho meus olhos e imagino sua imagem, o primeiro girassol que escandalizou meu negro olhar.
Um dia estaremos juntos... e quando encontrar-te nos olhos de um outro alguém, verei que não há nada de ninguém que possa preencher o espaço que é do seu tamanho e da sua cor, girassol.
Tem sido tudo tão artificial, sem cheiro, num amarelado desbotado, e já nem importa o grito ou o silencio. A cegueira invade os poucos surdos que me rodeiam, os sentidos desaparecem. Nada me resta além de embriagar-me com as saudosas recordações do seu perfume, perfume perturbador, que devora a alma e o único sentido que sobrevive mesmo que  adoentado no meu corpo, rasteja sempre à procura do sol. Girassol.

Embaraço embaraçado

Pensei um pensamento que já havia sido pensado num outro dia, um dia que na verdade era noite, num anoitecer chuvoso de chuva chuvosa e molhada, o importante e o que realmente importa é que decidi tomada de tamanha decisão escrever palavras que costumeiramente costumam ser faladas em conversas que tenho com minha contínua continuação, o triste é o que entristece até a própria tristeza é saber sabiamente que dificilmente e com muita dificuldade alguém chega ao fim desse registro registrado por um ponto sem nexo em um dia de dia mesmo, sem ter o que fazer, à esperar a outra, que também é inteira continuação, segundo ela o dia não amanhece, não segue segundos, minutos e horas, pra ela o dia entardece, entretanto enquanto o mundo não chega, vou sozinha e solitariamente só, tentar influenciar se é que tenho alguma influencia, sob aqueles influenciáveis com esta filosofia, tentaram então explicar que filosofia filosofada funciona mais ou menos dessa forma, formada por não sei quem formou: "Um buraco não é um buraco, e sim uma ausência de matéria"no meu caso causado pelo excesso de leitura chego à concluir que das duas uma, sou pensadora ou esquizofrenica. Não é prepotência, é só um pensar, discorde, critique, faça se ouvir, aí talvez alguém ouça e te faça um pensador pensante com poderes poderosamente moldáveis. E agora José?
Viciei em Zés, Zé Geraldo, Zé Ramalho...Musicais pensantes, apaixonantes , passo o dia à cantarolar chão de giz, à citar "tudo isso acontecendo eu aqui na praça dando milho aos pombos". Pronto!!! o mundo chegou, e daqui seguiremos em dupla ao termino desse registro devidamente registrado de conversar paralelas, e no dia não amanhecido, entardecido, enfim anoiteceu.
Sonhei um sonho que já havia sido sonhado, sonhei que sonhava comigo num outro sonho num outro eu, era talvez sete eus, sete fases, sete faces, todas minhas e todas tinham a mim como líder, um sonho liderado por um pesadelo.Num vago vazio à apertar-me, na solidão via-me, via nitidamente apagados todos que sou, sete partes separadamente separadas. As sete semanas passadas passaram lentas e vagarosamente com seus sete dias à perturbar meus sete eus. Pra cada diferente dia um diferente eu, repetem-se os mesmos dias os meus eus, a igualdade daquilo que somos e fomos é o desigual à repetir-se, repetidos à desabrochar num novo pensamento que já havia sido pensado num outro dia que na verdade era noite...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

À esperar

Encantei e desencantei. Vivo no sabor da lembrança, sei que tu rumas para outras águas.
O tempo o ontem, tudo é passado, vivamos, apenas vivamos... somos tudo, passado, presente e futuro, separadamente interligados.
Complexo demais para me auto ler, muitas páginas permanecem em branco à esperar. À esperar o que não vem. Esquecida das letras. Freud falava se busca o prazer. E quem foi que disse que a felicidade está no passado ou no futuro? E o agora? Me explica, não se pode ser feliz agora?




*Pago hoje as contas de um passado impiedoso, tantas vezes que acordei para perturbar os sonhos de príncipes desbotados. Perdoem-me!
Beijaria mil sapos para sentir a absolvição, e dormir antes de poder seguir tranquilamente no caminho do céu.

Alimente-me

...Quando não se sabe o que te deixa feliz, olha-te de fora e se deixa viver.
Perdida e cansada,  encontro-me.
Um gato dorme na minha cama e impede-me de arrumá-la. Uns dias assim pra ter certeza que a vida é sim um drama. Sou hoje minhas músicas, sigo no embalo de Jorge Benjor.
A noite foi boa, até sonhei que dava um grande tapa na cara de uma guria loira, meio alta, meio gorda, se fosse real ela podia sim me bater. Nos meus sonhos eu até brigo, entretanto acordada sou esse poço, profundo e calmo. Quero sair e sentir a cegueira da superfície, não sou eu um leão? E leões não vivem no subterrâneo.
Acordei perto do meio-dia, enquanto lavava as calçadas, pensava na vida, se é que existe vida nesse corpo que mecânicamente lavava as calçadas, rascunho incolor, inutilmente tento colorir, com noites de sexo disfarçadas de filme e música. A vida é composta por longas noites. Quando é que vou viver o dia? Estou cansada de passar a vida não vivendo.
Não choro as perdas, pêlos de gato, tomam minha roupa preta, não me importo, meu gato é lindo e adorável, um amor de felino, nada exige, além de comida e um pouco de carinho, o alimento e ele retribui amando-me. Invade-me o desejo de também animal ser e não querer nada além de alimento.
Querer mais tem sido meu problema, nessas noites falsamente coloridas, às vezes me perco em tensão às vezes em tesão.Então o dia amanhece,e não há  nada além de mim e do meu gato.




(...e quem diria meus dias agora unicamente entardecem...)

Meu cotovelo dói

Dia cinza e pacato, caneta azul, eis nossa única liberdade. As palavras são livres as invejo, se soltam como nunca nos soltaremos, estamos presas e sem direito ao sol.
Tudo começou num feriado qualquer, andando por aí, indo pra lugar nenhum, perdidos no labirinto do dia, somos mentes à olhar os pequenos casais à brincar de conto de fadas, sendo apaixonados apaixonantes.
Ow vontade de dar um soco!
andar de mãos dadas é um crime, esses sorrisos amarelos, até os cães parecem sorrir, felizes e libertos, só queria entender o motivo de tudo isso.Essa onda de felicidade, não tem sol, está bem frio, feriado que nem sei o significado (será que dá pra comer carne?). No caminho encontramos pagodeiros à pagodear invadindo o mundo que não os pertence e exibindo seus sorrisos marotos, deu vontade de matar o artigo 121, só para não ser apenada, felizmente vontade dá e passa.
Mesmo sem sol, o sol deles brilha para manifestar a felicidade instantânea, e nos resta a meia escuridão de uma lua minguante, quase não clareia as nossa fases e faces. Entediadas olhamos e invejamos os pequenos casais que brincam de se apaixonar.
ser normal, ser igual, oh bonitinho mas não!Em hipótese alguma se envolver.
Ah! bem na real que se foda! Nada disso me atrai, nem me liberta.
Essa simplicidade é anormal, só pode!

Terapia

Ouço suas reclamações, enquanto meu cérebro recria cenas do Bob Esponja. O amor nos torna patéticos, entendo Rita Lee, mas o Bob é um ser sem sexo tal qual os cavalos marinhos de Renato. Nos entendemos como seres assexuados, sem gênero e grau eu te amo e ouço num silencio viajante suas reclamações.
Estranhos e enigmáticos fascinam, amar sozinho é o que interessa, se morre no fim fica ainda mais interessante. Ninguém se importa com amores como o nosso, um tipo de amor de não dá certo nem errado, nem insiste nem desiste, não fica nem passa, e é por isso que ouço as tantas e repetitivas reclamações suas.
Reclame!
Reclame seus direitos, ah é?Sem regras, meio perto, meio longe, isso me põe doente. Caio em mim como uma doença trágica, essa doença é minha espécie de vida, só você me faz viver, sem a doença é morte certeira.Medo! Medo de seres inteiros, daqueles que não precisei criar, medo da rotina, de passar a vontade de ficar junto, vida orgulhosa e vazia. Procuro um roteiro quem foi que escreveu minha vida?
Quando encontrar o roteiro quero queimá-lo. Sim! queimá-lo, para que possa recomeçar, sem história, meio que órfã de ex, ex marido, ex namorado, ex amigo, ex trabalho.Tudo novo.
Faço a escolha de permanecer personagem, mas só por um tempo, é provisório, não abro mão da minha doença.Erro todo o resto para acertar o alvo, ignoro os reclames, pois quando estamos juntos e calados, nosso som é o amor,calado e vivo.
É um jogo arriscado, mas se está longe incomoda, melhor então é aceitar a imperfeição de sofrer perto.
Não posso perder o que nunca tive, se é nossa história, então...era uma vez e viveram felizes para sempre...
fecho os olhos, imagino Bob Esponja, Lula Molusco, Patrick, e tudo mais... meus ouvidos te amam.



 (Franchesca, Srtª Valentine)

O dia que Franchesca me odiou

Estava ela odiando a ultima pessoa que podia odiar, de repente odiar acaba com toda a inspiração e avaliando a situação, nu e cru, será mesmo ódio o nome para aquele sentimento que a invadia?


_Se você odeia, você se importa, se você se importa é porque gosta, e não quero mais esse passado, não quero o contato com aquilo que não me faz bem, quanto mais longe mais perto, é o drama de sempre.
_Odiar a verdade da normalidade. Fujamos então dela! Talvez assim, o sentimento de odiar venha a ser transformado e passe a ser nada, sem cor, sem sentido.
_Vamos pra Terra do Nunca, apenas ser, sem disputa, sem duelos de intelecto, é cansativo, sim! ser peregrino deve ser tudo, e tá bem ele lembra um sapo mesmo, bocó.
_È sem disputa dá até pra ser feliz rindo dos igualitários seres pequenos esverdeados.
_O problema é não poder olhar nos olhos. Te odeio por dois minutos è o máximo que consigo, porque ser boba não é ser burra, e você é a menina do sorriso parado, cabelo californado,(só porque você adora rimas)srsrs.
_Eu confesso, sou mesmo uma bocó, que faz piadas de mau gosto só pra irritar, sou irritante.Mas dá nisso dois leões habitando a selva da casa verde da escadaria.
_Bocó é uma bolsa que levamos para a floresta, como diria uma pensadora, você é a minha memória, diário ambulante, ainda to "reinandinho" contigo Srtª.
_Lembre-se a mestre não gosta dessa palavra "reinandinho", então reveja seu vocábulo, criatura que divido meu "Deus que ataie".
_Só o "Deus que ataie"? e os dias de pagode? e a junção de sertanejo com passado que dá depressão?
você tem dividas comigo, bonzinho...lembra?
_Pronto meus dias de pagode e teorias sobre sertanejo foram revelados, não sei se posso ou devo confiar em você boba maquiavélica.
_Agora vamos apelar pra maldade? Confiar é dar ao outro o que não mais quer, é não querer pagar o preço, confiando ou não, você sabe os segredos desse continente obscuro, è Freud.
_E saber o SEGREDO, te faz nada além do que já é.Partilho minha minha histórias, minhas memórias não tão claras com quem quer que queira ler meus manuscritos na garrafa lançados no mar da NET.
_E dai? tenho um gato, que não gosta de brincar com o universo.(tudo a ver)srsrs
_Realmente "nosso" (pra não dizer "meu" e ser novamente rotulada como ser possessivo), nosso Detlef é tudo, é nada, ele é o alfa o ômega, o principio e o fim, não! não! Esse é Deus, ele é apenas um adorável felino, que sorri pra mim. E aí, já passou teu ódio?
_Quais são as 52 maneiras de dizer não? ehhh NÃOO!mas em caso de divórcio não se preocupe o filho vai ficar bem, no fim o Detlef tem mais pais que mães. Vai girar sol piadista.
_Me conhece! Vem!!! Vamos girassolar.
Pela imensidão do universo, somos bruxas girassolando no sistema solar.







(Você foi enganado por duas concepcionistas!!!rsrsrsrs)

Numa tarde de chuva e frio, um quase desentendimento...