sábado, 25 de dezembro de 2010

Tenho sentido a sua distância...
São só ideias, esclarecimentos e deduções, eu sei que cada homem respira o próprio ar e a liberdade que tanto discutimos é  apenas uma ideia e não uma realidade. É preciso saber.
Recorro a astucia e fujo da mediocridade mascarada de fraqueza, sou forte positivista, mas hoje me sinto só e ninguém pode ser feliz sozinho.
É hora da mudança!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

quebro os relógios, queimo os calendários

   


A vida é uma linha reta assim como o tempo, não há como voltar.
    Quebro os relógios e queimo os calendários este é meu jeito de dizer que não tenho tempo, tenho pressa.
    Em liberdade aprendi que não se pode adiar a felicidade. Errei, e hoje  tenho em mim a pressa pois bem sei o preço a se pagar por cada acordar e olhar quem se tornou. Custa caro deixar para trás uma parte que da memória que nunca se apaga e está sempre à perturbar. Eu tive um coração que pacientou na mesma agonia do paciente que esperava pela cura que não chegava, e a tempo não chegou, morreu o amor que esperava para viver. Não tenho tempo, o tempo que não vivi não me permite.
Tenho o hoje e o agora, este é o momento, o resto é relógio e calendário.
  Este é meu jeito sutil de dizer NÃO!
Eu não quero esperar pois nem sei quanto tempo do meu tempo eu ainda tenho. Do tempo tenho só pressa e como cantou Paula "eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim".
   Eu tenho pressa e dispenso as palavras. Palavras nunca dizem exatamente o que querem dizer, este é o problema...Dispenso as palavras porque elas não podem ser recolhidas, elas saem e não voltam nunca mais.Inimigas do bom senso. Por favor, ao sair  não se esqueça  de apagar a luz. São só palavras, estas que te sairam bailando dos punhos, elas estão por aí a solta  no baú da memória de um "quase" fazendo um AUÊ, desnecessário.
Eu não tenho tempo para decidir se pego atalhos ou sigo o mapa, afinal tudo levará ao mesmo lugar onde se encontra a insatisfação e a dúvida. Esta é a pilhéria da vida: o não saber. É só o tempo deixe-o passar. A vida não para mesmo que o relógio esteja quebrado.
 Recolha suas palavras, e apague a luz.  Eu? -Bem, eu vou indo na minha linha reta.  Este é meu plano.

Tentei e me descobri patética!
...mas nem se preocupe são só palavras, talvez eu chore  escondida ou talvez eu ria um pouco timida,tudo com imensa dor,  mas nunca e nunca mesmo irei morrer desidratada por chorar, então deixe estar...
   Um dia, não hoje, nem amanhã, talvez nem mesmo nos próximos anos do teu tempo, mas um dia, você se dará conta que o tempo passou e ainda está percorrendo os mesmos corredores vazios. E nem me culpe por não tentar, por não estar lá a cada esquina do teu tempo te lembrando que não há mais tempo ...

Não tenho tempo e agora farei meu sinal com a mão pra te dizer "EU TENTEI".

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sem palavras... nunca me senti assim!

não cabe mais viver assim... Saudade não tem cura

domingo, 12 de dezembro de 2010

Me falta o sol e me sobra tudo o que falta

 juntando pedaços para construir um novo pôr- de- sol porque aqui só chove

...
Olho o jasmim que roubado foi para mim, sinto o perfume que se espalha e aconchega meu quarto, ouço as lágrimas que escorrem pela face e não é fácil mas é preciso continuar, sempre em frente. A chuva que banhou meu corpo e deu vida ao jasmim não conseguiu libertar a alma que reclama um pouco de atenção, um pouco do ar do amor.

Por que chorar?

Desde o principio eu soube o que eu queria e porque eu queria, e agora não sei mais nada. Sei da saudade que aperta meu coração e devora meus dias e a única que coisa que sobra em mim é a falta dos meus, o cheiro da terra que um dia eu sem pensar deixei para trás. Hoje eu sinto que eu não soube ao que dar valor, por coisas fúteis e pessoas volúveis eu troquei minha maior riqueza que é a presença do amor verdadeiro que só a família pode oferecer. Me sinto fraca e egoísta, e gostaria de voltar o tempo e fazer outras escolhas e dizer tudo aquilo que senti e não disse. Hoje, descobri que o tudo é uma coisa só e que não sou completa porque boa parte de mim está muito longe daqui perambulando pela casa que um dia dizia ser minha.
Não cabe mais um centímetro dessa distância que só me faz voltar, não posso perder meu único bem, e me vejo criança querendo colo, querendo a proteção do irmão mais velho e sentindo o orgulho de ser a menina sob o olhar dos três mosqueteiros. Eu parti e já nem sei quantas estações passaram quando eu ainda nem me movi, estou ainda no portão abraçando minha mãe que chorava dizendo adeus.  São erros no percurso, eu sinto tanto essa distância.
São anos passados que não vivi, que não vi a barriga que crescia e a vida que se  iniciava, não vi os cabelos ficando grisalhos, os amores que foram esquecidos e os amores que se iniciavam, o tempo que eu não vivi me faz tanta falta. E hoje tenho em mim muita sobra da falta do tempo. Estou longe de mim, estou lá e volto ao primeiro amor que descobri ao ver tantos corações vermelhos enfeitando o convite da visita, e sou levada pela vontade de crescer. Ainda "tenho 15 anos sou morena e linda e amo e não me amam e tenho amor ainda", estou no colégio recitando Joaquim Manoel de Macedo, sou a mais apaixonada leitora. Faz sol e deitada no gramado leio Os Miseráveis, me viro e olho pela janela coberta por grades esta chovendo e na falta de sol me ponho melancólica e respiro a falta de amor, a falta dos cheiros, a falta do dialogo, a falta do compromisso, a falta de irmos na igreja aos domingos, a falta da família que me ama e me espera. Choro a falta da liberdade que abri mão ao me prender em mim, ser egoísta que sou.  São dias apenas dias, horas e  segundos...para ver meu leãozinho que me beija e me chama tiaaa.

E choro e me junto à chuva e juntas choramos a falta.
Aqui me falta sol. E sobra tudo o que falta.

"Só, porém, não mais livre. Abriu mão de tudo pela própria liberdade, dê mais um passo abre mão da própria liberdade e tudo te será devolvido" Jean Paul Sartre

Agonizando no equilibrio

     Eu me sinto tentada, e me revolto. Estou disposta a me libertar de mim mas a prisão a qual quero um lugar está congestionada e não cabe mais.
Estou vivendo o ensaio sobre a cegueira e o ensaio sobre a lucidez está se distanciando a cada dia que nos aproximamos, estou cega e absolvida e o que quero é bater a sua porta e dizer "prenda-me".
    Do baú dos chás inventados eu pego o chá do sonho mais doce e misturo  um toque de limão, tomo uma caneca e fico fora de órbita decidindo se permaneço ou pulo da ponte do impossível. Estou apaixonada e a loucura não tem asas. Permaneço.
    Os ecos do Toc Toc já silenciaram e ainda assim ouço. Ouço porque estou sempre viajando nas asas da poesia mais simples. Me encho de todas as formas de Tédio e preciso de conteúdo, penso em você e quase não me controlo, sou  toda Romance e meu roteiro está agonizando no equilibrio.
   Você não está aqui. Fato. Então, idiota que sou, mergulho na inventada solidão e tomo um chá de amor, pego o homem duplicado na minha biblioteca imaginária e me lembro das duas faces de janeiro e das frias flores de abril.
    Agora, apenas mais uma do clã da casa de chá.  E em tom de conversa discutimos um lugar chamado liberdade e no exagero das palavras entramos no paraíso veloz do drama e do desejo, nas palavras noturnas somos beleza e tristeza. Sempre no extremo entre a mentira e a ironia.
    Entre o pouco e o nada, fico com o nada.
    São ecos que perturbam a minha cabeça. Como que aconteceu? Eu não sei. Quem vai dizer tchau? ou tornar real? Quem vai? Na direção do seu caminho eu vou.
    Estou na travessia de Eva expulsa do paraíso do "eu",  e é um milagre a luz que vem de ti traz tudo o que eu sempre quis. Caramba, estou aqui e tenho a pressa que nunca tive. Quanto terei que esperar pra dizer "mãe, é ELE".
Eu me sinto por demais tentada.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

amar e mudar as coisas








te interessa?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Simplificar

Um dia mais que tenso. Vejo  um grupo de pessoas todas na mesma prancha e no mesmo mar, todos em um único objetivo que é surfar a maior das ondas, porém cada um quer fazer uma manobra diferente, resultado: ninguém fará absolutamente nada.

...as pessoas não sabem se comunicar, encontram mil e quinhentas formas pra realizar uma tarefa comum e mesmo assim escolhem a única que não é óbvia. Gosto do sabor da lógica e do óbvio, todos deviam experimentar e simplificar os dias. Praticidade e segurança, fazem parte do seu vocábulo???

 Um velho ditado "quem não se comunica se trumbica".

Falta de sol te deixa sentimental?

A falta de sol te deixa sentimental? Eu confundo melancolia com depressão, você não?




A calmaria cessou no momento em que abriu a porta que estava fechada quando o outro chegou, demorou. A estação passou e no abrir da porta o frio entrou, abalando a casa mais segura de todas as casas. Não havia fogo aceso, havia o medo e alguns chás aquecedores de almas, eram ervas de todos os sabores. O frio incendiou o coração do poeta que chorou por ter a liberdade de não ir nem vir.



Enganando a si mesmo seguiu na direção oposta ao próprio coração, fechou os olhos da alma e falsificou uma verdade, mais uma pra sua coleção. Transformou em rocha o que era areia, e se se afundou na superfície tentando fugir dos dias que ouvia o Toc Toc do bater na porta, que por medo não abriu, e o silêncio agora é tormento e nada mais.
Não quer compartilhar com ninguém o seu lado mais covarde de quem um dia matou a possibilidade de viver um “NÓS” e desatar os nós que só amarram ao “eu”, então foge de si ao olhar-se no espelho, és apenas uma face condenada a seguir em frente, sempre aos pedaços, no escuro e sombrio de uma "quase" e nada mais.

O frio entrou na casa que antes era protegida pelo calor do “eu”, e o tempo da estação é dedicado à buscar novos sentidos, novas palavras e descobrir novos chás para acabar com o frio que invade sempre com mais força.
É chegado o tempo de aprender, é chegado o tempo de aquecer...
Aceita um chá? mais nada? nada mais! apenas um chá.

tempo de aprender

A falta de sol deixava-a sentimental, os chorosos dias choravam as dores da menina que não chorava, controlava o sentimentalismo para não se expor ao fracasso e novamente ter seu coração partido, as feridas ainda estavam cicatrizando não podia correr o risco de mais uma vez morrer. Dedicava seus dias a curar-se. A difícil e árdua tarefa de ressuscitar do reino da decepção. Decepcionada foi ao amar demais. Ela sabia que o amor é um vicio que quando se perde o controle na maioria das vezes é muito tarde pra voltar, e como um viciado, ela estava no período de abstinência.



Esse é o momento de aprender, é o tempo de fazer escolhas, a hora de mergulhar nas prioridades e esquecer o resto, fechar o baú e guardar a chave. Ao menos isso é o que ela acreditava se não fosse à estranha criatura que perturbava seus dias, não mais que pensamentos, a falta de coragem, a covardia de abrir a porta e deixar os raios de sol entrar para dar nova vida. Os raios de sol que se limitavam à varanda, e o frio dos chorosos dias escureciam a casa, as lâmpadas acesas a clarear o medo e os sentimentos de insatisfação ao olhar as feridas que traziam a feiúra para aquele coração medroso da menina que não chorava. Criatura dos dias, dos meses, de todo o tempo não atropelado.


Não mais errar, não mais se perder em vícios, não mais esquecer da prudência da decência, jeito indecente de amar, finalmente aprendeu que se é preciso manter em segredo um relacionamento este é o sinal que nunca deveria entrar nele. Aprendeu que se é necessário esconder é porque algo está errado, assim como Adão e Eva envergonhados esconderam sua nudez, que boba, parece que não aprendeu a lição que foi como Judas “que é sempre um beijo que antecede a traição”.