sábado, 25 de dezembro de 2010

Tenho sentido a sua distância...
São só ideias, esclarecimentos e deduções, eu sei que cada homem respira o próprio ar e a liberdade que tanto discutimos é  apenas uma ideia e não uma realidade. É preciso saber.
Recorro a astucia e fujo da mediocridade mascarada de fraqueza, sou forte positivista, mas hoje me sinto só e ninguém pode ser feliz sozinho.
É hora da mudança!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

quebro os relógios, queimo os calendários

   


A vida é uma linha reta assim como o tempo, não há como voltar.
    Quebro os relógios e queimo os calendários este é meu jeito de dizer que não tenho tempo, tenho pressa.
    Em liberdade aprendi que não se pode adiar a felicidade. Errei, e hoje  tenho em mim a pressa pois bem sei o preço a se pagar por cada acordar e olhar quem se tornou. Custa caro deixar para trás uma parte que da memória que nunca se apaga e está sempre à perturbar. Eu tive um coração que pacientou na mesma agonia do paciente que esperava pela cura que não chegava, e a tempo não chegou, morreu o amor que esperava para viver. Não tenho tempo, o tempo que não vivi não me permite.
Tenho o hoje e o agora, este é o momento, o resto é relógio e calendário.
  Este é meu jeito sutil de dizer NÃO!
Eu não quero esperar pois nem sei quanto tempo do meu tempo eu ainda tenho. Do tempo tenho só pressa e como cantou Paula "eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim".
   Eu tenho pressa e dispenso as palavras. Palavras nunca dizem exatamente o que querem dizer, este é o problema...Dispenso as palavras porque elas não podem ser recolhidas, elas saem e não voltam nunca mais.Inimigas do bom senso. Por favor, ao sair  não se esqueça  de apagar a luz. São só palavras, estas que te sairam bailando dos punhos, elas estão por aí a solta  no baú da memória de um "quase" fazendo um AUÊ, desnecessário.
Eu não tenho tempo para decidir se pego atalhos ou sigo o mapa, afinal tudo levará ao mesmo lugar onde se encontra a insatisfação e a dúvida. Esta é a pilhéria da vida: o não saber. É só o tempo deixe-o passar. A vida não para mesmo que o relógio esteja quebrado.
 Recolha suas palavras, e apague a luz.  Eu? -Bem, eu vou indo na minha linha reta.  Este é meu plano.

Tentei e me descobri patética!
...mas nem se preocupe são só palavras, talvez eu chore  escondida ou talvez eu ria um pouco timida,tudo com imensa dor,  mas nunca e nunca mesmo irei morrer desidratada por chorar, então deixe estar...
   Um dia, não hoje, nem amanhã, talvez nem mesmo nos próximos anos do teu tempo, mas um dia, você se dará conta que o tempo passou e ainda está percorrendo os mesmos corredores vazios. E nem me culpe por não tentar, por não estar lá a cada esquina do teu tempo te lembrando que não há mais tempo ...

Não tenho tempo e agora farei meu sinal com a mão pra te dizer "EU TENTEI".

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sem palavras... nunca me senti assim!

não cabe mais viver assim... Saudade não tem cura

domingo, 12 de dezembro de 2010

Me falta o sol e me sobra tudo o que falta

 juntando pedaços para construir um novo pôr- de- sol porque aqui só chove

...
Olho o jasmim que roubado foi para mim, sinto o perfume que se espalha e aconchega meu quarto, ouço as lágrimas que escorrem pela face e não é fácil mas é preciso continuar, sempre em frente. A chuva que banhou meu corpo e deu vida ao jasmim não conseguiu libertar a alma que reclama um pouco de atenção, um pouco do ar do amor.

Por que chorar?

Desde o principio eu soube o que eu queria e porque eu queria, e agora não sei mais nada. Sei da saudade que aperta meu coração e devora meus dias e a única que coisa que sobra em mim é a falta dos meus, o cheiro da terra que um dia eu sem pensar deixei para trás. Hoje eu sinto que eu não soube ao que dar valor, por coisas fúteis e pessoas volúveis eu troquei minha maior riqueza que é a presença do amor verdadeiro que só a família pode oferecer. Me sinto fraca e egoísta, e gostaria de voltar o tempo e fazer outras escolhas e dizer tudo aquilo que senti e não disse. Hoje, descobri que o tudo é uma coisa só e que não sou completa porque boa parte de mim está muito longe daqui perambulando pela casa que um dia dizia ser minha.
Não cabe mais um centímetro dessa distância que só me faz voltar, não posso perder meu único bem, e me vejo criança querendo colo, querendo a proteção do irmão mais velho e sentindo o orgulho de ser a menina sob o olhar dos três mosqueteiros. Eu parti e já nem sei quantas estações passaram quando eu ainda nem me movi, estou ainda no portão abraçando minha mãe que chorava dizendo adeus.  São erros no percurso, eu sinto tanto essa distância.
São anos passados que não vivi, que não vi a barriga que crescia e a vida que se  iniciava, não vi os cabelos ficando grisalhos, os amores que foram esquecidos e os amores que se iniciavam, o tempo que eu não vivi me faz tanta falta. E hoje tenho em mim muita sobra da falta do tempo. Estou longe de mim, estou lá e volto ao primeiro amor que descobri ao ver tantos corações vermelhos enfeitando o convite da visita, e sou levada pela vontade de crescer. Ainda "tenho 15 anos sou morena e linda e amo e não me amam e tenho amor ainda", estou no colégio recitando Joaquim Manoel de Macedo, sou a mais apaixonada leitora. Faz sol e deitada no gramado leio Os Miseráveis, me viro e olho pela janela coberta por grades esta chovendo e na falta de sol me ponho melancólica e respiro a falta de amor, a falta dos cheiros, a falta do dialogo, a falta do compromisso, a falta de irmos na igreja aos domingos, a falta da família que me ama e me espera. Choro a falta da liberdade que abri mão ao me prender em mim, ser egoísta que sou.  São dias apenas dias, horas e  segundos...para ver meu leãozinho que me beija e me chama tiaaa.

E choro e me junto à chuva e juntas choramos a falta.
Aqui me falta sol. E sobra tudo o que falta.

"Só, porém, não mais livre. Abriu mão de tudo pela própria liberdade, dê mais um passo abre mão da própria liberdade e tudo te será devolvido" Jean Paul Sartre

Agonizando no equilibrio

     Eu me sinto tentada, e me revolto. Estou disposta a me libertar de mim mas a prisão a qual quero um lugar está congestionada e não cabe mais.
Estou vivendo o ensaio sobre a cegueira e o ensaio sobre a lucidez está se distanciando a cada dia que nos aproximamos, estou cega e absolvida e o que quero é bater a sua porta e dizer "prenda-me".
    Do baú dos chás inventados eu pego o chá do sonho mais doce e misturo  um toque de limão, tomo uma caneca e fico fora de órbita decidindo se permaneço ou pulo da ponte do impossível. Estou apaixonada e a loucura não tem asas. Permaneço.
    Os ecos do Toc Toc já silenciaram e ainda assim ouço. Ouço porque estou sempre viajando nas asas da poesia mais simples. Me encho de todas as formas de Tédio e preciso de conteúdo, penso em você e quase não me controlo, sou  toda Romance e meu roteiro está agonizando no equilibrio.
   Você não está aqui. Fato. Então, idiota que sou, mergulho na inventada solidão e tomo um chá de amor, pego o homem duplicado na minha biblioteca imaginária e me lembro das duas faces de janeiro e das frias flores de abril.
    Agora, apenas mais uma do clã da casa de chá.  E em tom de conversa discutimos um lugar chamado liberdade e no exagero das palavras entramos no paraíso veloz do drama e do desejo, nas palavras noturnas somos beleza e tristeza. Sempre no extremo entre a mentira e a ironia.
    Entre o pouco e o nada, fico com o nada.
    São ecos que perturbam a minha cabeça. Como que aconteceu? Eu não sei. Quem vai dizer tchau? ou tornar real? Quem vai? Na direção do seu caminho eu vou.
    Estou na travessia de Eva expulsa do paraíso do "eu",  e é um milagre a luz que vem de ti traz tudo o que eu sempre quis. Caramba, estou aqui e tenho a pressa que nunca tive. Quanto terei que esperar pra dizer "mãe, é ELE".
Eu me sinto por demais tentada.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

amar e mudar as coisas








te interessa?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Simplificar

Um dia mais que tenso. Vejo  um grupo de pessoas todas na mesma prancha e no mesmo mar, todos em um único objetivo que é surfar a maior das ondas, porém cada um quer fazer uma manobra diferente, resultado: ninguém fará absolutamente nada.

...as pessoas não sabem se comunicar, encontram mil e quinhentas formas pra realizar uma tarefa comum e mesmo assim escolhem a única que não é óbvia. Gosto do sabor da lógica e do óbvio, todos deviam experimentar e simplificar os dias. Praticidade e segurança, fazem parte do seu vocábulo???

 Um velho ditado "quem não se comunica se trumbica".

Falta de sol te deixa sentimental?

A falta de sol te deixa sentimental? Eu confundo melancolia com depressão, você não?




A calmaria cessou no momento em que abriu a porta que estava fechada quando o outro chegou, demorou. A estação passou e no abrir da porta o frio entrou, abalando a casa mais segura de todas as casas. Não havia fogo aceso, havia o medo e alguns chás aquecedores de almas, eram ervas de todos os sabores. O frio incendiou o coração do poeta que chorou por ter a liberdade de não ir nem vir.



Enganando a si mesmo seguiu na direção oposta ao próprio coração, fechou os olhos da alma e falsificou uma verdade, mais uma pra sua coleção. Transformou em rocha o que era areia, e se se afundou na superfície tentando fugir dos dias que ouvia o Toc Toc do bater na porta, que por medo não abriu, e o silêncio agora é tormento e nada mais.
Não quer compartilhar com ninguém o seu lado mais covarde de quem um dia matou a possibilidade de viver um “NÓS” e desatar os nós que só amarram ao “eu”, então foge de si ao olhar-se no espelho, és apenas uma face condenada a seguir em frente, sempre aos pedaços, no escuro e sombrio de uma "quase" e nada mais.

O frio entrou na casa que antes era protegida pelo calor do “eu”, e o tempo da estação é dedicado à buscar novos sentidos, novas palavras e descobrir novos chás para acabar com o frio que invade sempre com mais força.
É chegado o tempo de aprender, é chegado o tempo de aquecer...
Aceita um chá? mais nada? nada mais! apenas um chá.

tempo de aprender

A falta de sol deixava-a sentimental, os chorosos dias choravam as dores da menina que não chorava, controlava o sentimentalismo para não se expor ao fracasso e novamente ter seu coração partido, as feridas ainda estavam cicatrizando não podia correr o risco de mais uma vez morrer. Dedicava seus dias a curar-se. A difícil e árdua tarefa de ressuscitar do reino da decepção. Decepcionada foi ao amar demais. Ela sabia que o amor é um vicio que quando se perde o controle na maioria das vezes é muito tarde pra voltar, e como um viciado, ela estava no período de abstinência.



Esse é o momento de aprender, é o tempo de fazer escolhas, a hora de mergulhar nas prioridades e esquecer o resto, fechar o baú e guardar a chave. Ao menos isso é o que ela acreditava se não fosse à estranha criatura que perturbava seus dias, não mais que pensamentos, a falta de coragem, a covardia de abrir a porta e deixar os raios de sol entrar para dar nova vida. Os raios de sol que se limitavam à varanda, e o frio dos chorosos dias escureciam a casa, as lâmpadas acesas a clarear o medo e os sentimentos de insatisfação ao olhar as feridas que traziam a feiúra para aquele coração medroso da menina que não chorava. Criatura dos dias, dos meses, de todo o tempo não atropelado.


Não mais errar, não mais se perder em vícios, não mais esquecer da prudência da decência, jeito indecente de amar, finalmente aprendeu que se é preciso manter em segredo um relacionamento este é o sinal que nunca deveria entrar nele. Aprendeu que se é necessário esconder é porque algo está errado, assim como Adão e Eva envergonhados esconderam sua nudez, que boba, parece que não aprendeu a lição que foi como Judas “que é sempre um beijo que antecede a traição”.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O efêmero da vida

       Todos os ontens foram guardados, os ontens que tomados foram por desejos inimagináveis, fantasias atrevidas e ocultas, aprisionado foi o passado e começa hoje a projetar um esboço de um futuro melhor. Incondicionalmente livre, livre de amarras, livre da moralidade e do puritanismo que atormentaram os dias que agora não passam de recordações trancadas no baú que o poeta nomeou memória.
     Os sentidos que corroeram a alma passaram, provando assim à efemeridade das coisas inexistentes, são meros problemas imaginários. O insolúvel se resolve diante dos olhos. É só um tempo para sentir que os sentidos todos serão restaurados para novamente serem corroídos no circulo vicioso do relógio, tempo que adoece e tempo que cura, em qual tempo estás?
     Amontoado de sentimentalismo, hostilidades não desejadas, silêncios ensurdecedores, enfim, o efêmero. Tudo simplesmente passa, passa como as nuvens acinzentadas que choram as dores dos homens que seguem com a esperança de um novo dia surgir e com ele as cores do arco-íris. Mas são apenas escolhas, apenas caminhos. É sentido tudo tão eterno tudo tão passageiro.  Faz parte os amores que ferem, são apenas momentos de uma vida que efêmera passa diante do olhar do poeta que abre e fecha o baú das lembranças a cada abrir e fechar dos olhos. São emoções, atrações, traições, decepções e tudo mais. Nada mais passageiro que os sentidos, sempre mudando. Enquanto isso o coração segue sempre escravo dos sentimentos nômades que não ficam nem passam.
          Pensam ser livres, mas não passam de mutantes orbitando no vago do tempo que passa como o rio que passa e corre nas discretas corredeiras rumo ao mar do esquecimento, e deságua sempre no mesmo baú que se abre e se fecha a cada abrir e fechar dos olhos do poeta que enterrado ficou nas palavras das páginas dos livros que escreveu.E liberto é, e eterno será a cada virar das mesmas páginas sob os atentos olhos daqueles que buscam entender o sentido dos sentimentos que não passam e nem ficam. Prisioneiros do amor não vivido corroem as grades da cela com o calado choro solitário do coração que clama por liberdade, mas tudo é tão efêmero que o amor passa e muda. E é de amor que o poeta escreve a cada impulso que se liberta dos pulsos na certeza que amanhã é outro dia e vai passar como o rio que passa e corre nas discretas corredeiras rumo ao mar do esquecimento...que um dia o poeta ousou guardar no baú da memória.






Srtª Clau ♥


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um chá pra curar o coração dos poetas

Sei que não existe mais nada a fazer a não ser recolher os sonhos e dar adeus aos dias, aqueles que foram nossos e agora não são mais, tomo meu caminho assim como tomo meus chás, os chás que me ajudam a viver e a ser, hoje tomo um chá de bom senso para que eu não me perca em vontades, mas bem gostaria que o chá fosse de sumiço e em nuvens azuis subir ao céu e misturar-me com as nuvens. É tarde e eu sinto frio  em meu corpo  mas em alma sou devastada por um incêndio, e o incêndio tem nome o mesmo nome que foi dado a ti quando ainda não era nascido, aqueço-me com o chá, mas ainda melancolica permaneço e a culpa é sua, já que tenho que culpar alguém, que seja você.
      Um fracasso amoroso nada mais e meus sentimentos todos você descartou, ai eu tive que inventar os chás para aliviar as dores,  chás que me permitem viajar por universos paralelos e esquecer os dias, e me sinto farta de saudades porque eu trago a distância daqueles que me amam e quase já nem tenho pulmão, trago também a aflição do adeus, trago os dias que não são meus nem seus. Decidiu se aventurar e me libertar, e me fez eterna prisioneira do amor não vivido.
E pra aliviar a dor eu tomo chá e subo em minha carruagem guiada por cavalos marinhos que me levam ao profundo mar, e me levam sem bússola, sem rota, sem rumo...eu vou abrindo as porteiras como nos velhos tempos fazia na fazenda.
     Ainda sou criança com medo, ainda sou criança no tempo, ainda sou a mesma na mutação do espaço. A  prisioneira sem direito ao sol e justo eu que sou girassol, e é por todas as coisas que nunca falamos é que eu ando por aí levada por cavalos marinhos sempre à procurar um novo chá  na intenção de curar o coração dos poetas que assim como eu adoeceram. Mais um chá antes de dormir, eu sei já é tarde e irei me recolher, mas não antes de quebrar os relógios e rasgar os calendários... chove e temos todo o tempo do mundo na ampulheta dos sonhos, malditos sonhos que recolherei ao amanhecer, mas é noite e como um girassol meus olhos procuram os seus, sol de outro lugar. Caminho em meio ao mar, águas salgadas? Suor dos corpos? Lágrimas?
..."tão só, não mais livre", como falou Sartre. Enfim, brindemos à liberdade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ao amigo oculto

Nunca gostei do que é trivial. Não sou nada futil e desde cedo aprendi que a futilidade não liberta. Então como presentear-me?
Pra o meu amigo oculto eu tenho algumas sugestões:
  • Eu quero um cofre, para que nele eu possa guardar todos os meus pensamentos e preservá-los ainda que num futuro bem distante.
  • Quero a receita dos melhores sorrisos. Para assim contagiar aqueles que me rodeiam e espantar a tristeza.
  • Quero uma dose de simplicidade e outra de calmaria, para que os problemas do cotidiano diminuam deixando mais espaço para as soluções.
  • Eu gosto de café, mas de presente quero um chá,um chá que cause esquecimento aos sentimentos ruins, e que ao final de cada dia eu possa tomá-lo e dormir  com o coração na paz.
  • Quero quem sabe uma viagem, então pode me dar uma passagem de ida rumo a Pasargada, porque lá sou amigo do rei.
  • Quero um baú para que nele eu possa guardar todos os dias bons e as alegrias compartilhadas para revivê-las quando sentir vontade.
  • Quero também um pé de coelho, um trevo de quatro folhas e uma ferradura, para que a sorte sempre esteja comigo.
  • Quero um frasco mágico que tenha nele todos os cheiros do mundo, para que em dias de solidão eu possa sentir o cheiro do amor do Escultor do Himalaia e saber que nunca estou só, nos dias saudosistas quero sentir o cheiro da mulher mais linda que vigiou meu sono quando ainda era criança, que nos dias de discórdia tenha o cheiro da paz, que nos dias de felicidade tenha o cheiro do agradecimento para com  aquele que se doou para que pudessemos ainda viver, que nos dias cinzas e tristonhos tenha o cheiro da verde esperança, pois a esperança é o que traz sentido à vida.
  • Meu amigo espero que não esteja achando que isso é impossivel, mas se caso estiver, saiba que também tenho fome e podes me dar um prato, um prato do mais sincero amor, afinal, já estou farta de saborear apenas o amargo da ilusão.
  • Ou quem sabe possamos beber uma taça do suave vinho da amizade?
  • Me desculpe as tantas vezes que contigo falhei ao me expressar, afinal, nós humanos não sabemos nos comunicar, então quem sabe possa me dar a Cartilha que ensine a amar o próximo como a si mesmo.
  • Quero também um kg de criatividade para que nos dias de guerra eu possa fazer a diferença.
  • Ah! Eu estou precisando de um manual, deve ser bem barato, é o manual do vigia, para que eu possa aprender a vigiar os dias de paz e não deixar a guerra me pegar desprevinida.
  • São tantas as coisas que estou precisando, que qualquer que seja seu presente será mesmo útil, mas gostaria de ressaltar que o que mais preciso é SABEDORIA, para que possa tratar meus semelhantes sempre com cordialidade, sempre com honestidade, com igualdade, se caso não souber onde encontrar, procure pelo Rei Salomão soube que ele sabe onde e com quem conseguir.
  • Caríssimo amigo secreto ou oculto como preferir ser chamado, acredite que tudo isto é possível, e não ria de minhas palavras, pois se todos tivessem uma dose de poesia e um pouco do espirito de  criança, assim como eu tenho, saberiam que a vida é mesmo um sonho e acordar é envelhecer.
  • Obrigada  pela intençao de presentear-me.
Bjos da Srtª Clau

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

em noites chuvosas te lembro ainda mais

e é das noites de chuva que eu gosto mais...
e com o barulho da chuva eu adormeço nas lembranças do teu cheiro e do gosto do seu sorriso mais abobado... e sempre que em dias de chuva tua imagem vem sem que eu a chame com a intençao de me perturbar eu penso que não há outra música para definir como trilha sonora dessa lembrança tão saudosa se não aquela do leãozinho..."gosto muito de você leãozinho ,caminhando sob o sol leãozinho, tua pele tua luz tua juba..." e eu simplesmente adoro o seu cabelo e o seu Todo... Te gosto tanto que nem gosto de lembrar, afinal, você já está lá pra outra pessoa, e como disse o Renato "eu vejo você se apaixonando outra vez, eu fico com a saudade e você com outro alguém..."
Penso que quando chega a hora, simplesmente aceitar é o que melhor podemos fazer, melhor mesmo é não mergulhar no fundo do poço para não correr o risco de se afogar, então por mais que o amor ainda queime em altas fogueiras não se pode parar de viver, AS PESSOAS SEGUEM, É ISSO O QUE ELAS FAZEM: ELAS TENTAM, e estou tentando, controlando o impulso de sair correndo atrás de você e do seu "sorriso bobo que me faz sorrir". É amor só pode, e ainda é amor mesmo que mude.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Malbek

Aqueles tão esperados "dias melhores" finalmente chegaram. As pessoas que passavam podiam ver a felicidade exibida naquele sorriso bobo de olhar inocente, não restava dúvida alguma de que era a felicidade sendo compartilhada.Do frio, sentia apenas o vento que fazia dançar seus californiados cabelos, "Um dia perfeito"como cantou Cachorro Grande, "e a felicidade depende de tão pouco" ela pensou. Enfim, a escadaria rotineira ela subiu, parecia flutuar nos pensamentos, parou em frente à porta para encontrar a chave que a libertava do mundo, voltou alguns passos e sentou-se na escada, aquele cheiro não queria calar, o cheiro que a embriagava. "Malbek, é meu vinho favorito", muita coincidência, não?


os gritos do passado

Nos últimos dias estou andando no limite, naquela linha que separa o tempo e nem vejo mais passado, presente e futuro, tudo se funde e confunde os pensamentos, e o passado tem gritado fortemente à minha porta, são só palavras e eu não consigo senti-las,  não porque eu não queira, já não sei o que fazer com elas, são como se fossem um livro guardado há muito tempo e quando foi lido lá atrás nos dias da descoberta de um NÓS a história fazia sentido, e agora não passa de palavras soltas sem nexo com a realidade,  o passado insiste em bater na porta, mas o livro foi guardado e lê-lo novamente pra quê? Se há um universo de palavras para serem absorvidas e vividas, e o hoje fica confuso porque o ontem é doce e bom mas era amargo e azedo,  a felicidade do ontem é uma  mentira de que gostamos.
Como pode voltar se o tempo é uma linha reta?
Quero viver outros sabores, degustar outros pratos, descobrir novas palavras e novas definições, mas em meio à todas as vontades o passado grita e eu paro para ouvir e já nem sei porque continuar se quando havia um NÓS os dias simplificam o TODO.
Muitas pessoas dizem " a vida dá voltas", pois creio fielmente que não, a vida não dá voltas ela segue e quem acertou nas escolhas segue com a vida, quem errou ficará no circulo e não conhecerá o que realmente é a vida, até que seja resgatado pelo passado ou pelo futuro. E tudo é uma questão de tempo.
E quando eu pedi um tempo você disse "quem dá tempo é relógio", o tempo que me foi negado durou muito tempo, e agora vem de muitos ontens à invadir meu hoje para gritar que todo esse tempo longe só te deixou mais perto, olha só meu bem, não sei o que motivou suas escolhas mas mais uma vez escolheu errado, e eu sinto muito mas agora não sinto nada.




(já fui NÓS, mas hoje SOU apenas o eu)

sábado, 20 de novembro de 2010

E eu quis você

O que faço é  provocar,  nada é intencional, mas meus desejos não me deixam em paz. Eu sei não é fácil resistir a alguém que sabe exatamente o que quer.
E eu quis você.
Não leve a mal e nem pense em me julgar
nada é intencional, mas eu vi você caminhando despreocupado
e eu quis você
não quis querer, não me leve a mal
a tua pele me chamava
você nem me notou
passou tão perto, a culpa não foi sua
mas eu quis você
e o desejo não me deixa em paz
te procurei e provoquei
e o que  faço é provocar
garoto eu sei que não é fácil resistir alguém que sabe o que quer
e eu quis você...
(e agora não quero mais...)

Palavra

Limito-me ao silêncio,



vazio e sombrio,


o silêncio e o som


são eles a palavra,


calados!






Tumba de paz


Pausa te dou,


essência e carne,


não é calar-se estar em silencio???


protótipo de mal criada.






Ruídos, silêncios,


objetiva comigo.


subjetiva contigo.


nada afirmo ou nego,


não quero convencer-te ou ser convencida, quero só ser.






formula silencial


dá sentido ao silencio,


não busque em mim palavra


perdida ou achada,


manifeste-se! Palavra .

já não cabe mais

Quando perto de você estava eu sentia que todo o Todo estava logo ali, mas a verdade de todas as coisas acabou com a melodia do romantismo, e os sons passaram a ser não mais que ruídos que devoravam as cores dos dias que costumavam me sorrir. As palavras consumiram um coração unicamente pelo prazer de torturar, e quem fez este mal foi um dos seus.


O medo já não existe nem a loucura, já não cabe mais o fatalismo ele se foi abrindo espaço para o realismo. "Coragem menina, ninguém morre de amor" disse um dos meus, e mais uma vez as palavras, as mesmas que desafinaram a melodia do romantismo agora insistiam para que a melodia do coração volte ao compasso original, não naquele que era  recheado com o sabor da ilusão,  a melodia original era a vida por sí só, agora a melodia que vinha quase inaudível ganhava forças e já não era tão doce mas também não era amarga como a verdade de todas as coisas, a melodia vinha com mais força e arrebentava as palavras, o compasso bailava como as cigarras em noite de luar. Ainda que passageira, a felicidade instantânea invadia e restaurava os sentidos, e dos sentimentos feridos pelo amor não recíproco estava um pequeno ponto que trazia a intenção de controlar. Autocontrole. Não havia promessas.
A verdade de todas as coisas machucou, não reinventei situações, a noite se calou e pude ouvir a melodia do ronronar do meu mais fiel felino Detlef, senti meus olhos a umidecerem  e respirei fundo, ainda no impulso da verdade de todas as coisas eu te escrevi "não posso reclamar nada, mas posso ficar longe de tudo isso. Não tenho vocação para namoradinha ciumenta.". Por algum motivo mesmo que desconhecido um dos seus quis me revelar a verdade de todas as coisas. Doeu como doeria a picada da serpente mais venenosa e mais cruel do reino sombras, o veneno fazia um nó na garganta, respirar eu quase não podia e foi então que na dor mais doída de todas as dores descobri que já não cabe mais amar assim.
  o leão ainda é o rei do animais.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A verdade de todas as coisas

A verdade de todas as coisas. A verdade levanta-se de sua inércia e grita em meus ouvidos, estava a ouvir a melodia da solidão, e o grito da verdade fez-me acordar daquele costumeiro jeito vago de um sonho que já me acompanhava há quase um ano inteiro. As palavras da verdade me pegaram sozinha e desprotegida, nem houve uma batalha, e em silêncio a verdade gritou e ganhou. Pensei nas palavras de Steinbeck "não posso lutar com minha ignorância contra o possível conhecimento...", e era um dos seus a contar-me a verdade das coisas, ao som da tristeza que invadia meus ouvidos, também  podia ver as palavras a zombarem dos sentimentos meus. Não chega a incomodar o fato de um dos seus sentir alegria ao roubar-me toda a felicidade que exibia nos olhares mais sinceros. A melodia se desfez juntamente com a felicidade, simplesmente porque o compasso da cantiga era o meu coração que acelerava a cada abrir e fechar dos olhos quando a imagem sua invadia o meu Todo. Doía a tal verdade de todas as coisas, inexplicável as palavras frias e malévolas que as pessoas podem proferir com um sorriso mortífero. Um dos seus conseguiu com a frieza das palavras mais sutis abrir-me uma imensidão de horizontes ao me acertar o coração da alma. A verdade de todas as coisas já não gritava, mas bloqueava todos os caminhos com as notas mais tristes, eu tive medo. Tive medo porque sempre soube que a verdade de todas as coisas mataria a esperança, eu tive medo porque ao acordar perdi o mundo que conhecia, um outro mundo mundo se faz necessário. Não entendo a real necessidade de que meus olhos e ouvidos conhecessem a verdade de todas as coisas se quando na ignorância os dias eram mais amigáveis. Preciso da melodia, preciso sentir o compasso a fundir com o meu corpo, preciso para que o traiçoeiro silêncio não venha atormentar. Preciso aprender a conviver com a verdade de todas as coisas, meus problemas são apenas meus, os sentidos se recuperarão, certamente transparecer a fraqueza em nada ajudará. Seguirei rumo ao novo, afinal o que mais resta a fazer? Uns dias de nova solidão.
E como é que é a solidão quando a verdade de todas as coisas matou um coração ao deixá-lo sem esperança e sem melodia?
antes a dor da verdade do que a companhia da mentira.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

"Ao vencedor as batatas"

Infinitamente Feliz


...e quando se está feliz, dispensam-se as palavras. Então só consigo pensar na frase "ao vencedor as batatas."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quanto ao inferno

E você realmente acha que Deus está preocupado em mandar alguém para o inferno???
Não, não, meu amigo, Deus está ocupado cuidando disso tudo aqui
Universo!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

quanto a liberdade

... o eu nu e cru, com toda a sua agilidade. A autodescoberta... - "cuidado com os idos de março", cuidado coisa nenhuma. Livre. Livre para ser o que quiser ser, livre para buscar o ideal mais elevado, imbuido da autoconfiança necessaria para ser seu eu mais especifico. Livre numa escala que seu pai jamais poderia imaginar. Tão livre quanto seu pai fora cercado. Livre agora ... livre para seguir adiante e ser magnifico. Livre para representar o drama ilimitado e autodefinidor dos pronomes nós, eles e eu.

Do livro, A Marca Humana, Philip Roth.


* um livro que merece ser lido.

quanto ao "não estou lá"

Preciso continuar...
porque os relacionamentos são ambíguos e eu continuo falhando em me comunicar
porque continuo a me culpar mesmo não tendo culpa
porque cada fracasso me distanciou mais de mim mesma...e de você
por todos esses motivos e muitos outros ainda desconhecidos eu devo
escutar
devo
olhar ao redor mais do que  nunca
Devo ir embora...


... você domou o LEÃO na minha jaula, mas não foi o bastante para mudar meu coração...
...Agora tudo está de cabeça para baixo...

domingo, 14 de novembro de 2010

Quanto à consciência

Quando o tempo parece parar, quando no ensaio da vida você esquece a fala e as pessoas se olham e ficam  emudecidos, quando relembrar é ruim, quando no ontem você até achava sentido nas coisas e nos rumos do barquinho de papel que te acompanha desde sempre no riacho dos  dias, quando você fica com nojo das atitudes desnecessárias que todos fazem meramente por impulso, quando a carne é mais que a mente, quando os sentimentos se misturam e nada é claro, quando no coração das trevas você se encontra,
quando as palavras não se encaixam com o que querem dizer, quando a inteligência e a aceitação não se encontram, quando você pensa que vivemos da mesma forma que sonhamos "sempre sozinhos", quando você se sente acomodado e sem vontades, quando você mente para não decepcionar o outro e fere-se bem no íntimo, quando a tristeza invade unicamente porque não cabe mais...
Quantas vezes se sentiu assim? Quantas vezes as respostas lhe fugiram? Quantas vezes você desviou-se do caminho para seguir atalhos? Quantas vezes a realidade não foi real? Quantas e quantas vezes você enganou-se de propósito por medo de encarar a verdade?
Você tem sentido-se assim, como se adiasse o inevitável?
E mesmo que com todas as fugas, ainda sente-se descontente? Como se algo sempre faltasse bem no meio, algo que traga sentido, que exista na intenção de vivificar, que preencha o vazio que tem sido as seculares horas da rotina.
Sente-se culpado por ser mais um a banalizar o amor ao proferir um mentiroso "eu te amo"?
Quantas vezes se sentiu assim, perdido e sem respostas, com nojo do próprio "eu"?
Ai vem um desejo de gritar, porque tudo isso já não cabe mais, já estão todos fartos, o cansaço é dominante e não há mais lugar para dúvidas e arrependimentos, lança-te de ti, e vai.
Quantas vezes você desejou ter um Retrato seu que sofresse as consequências dos seus atos?
e por fim, o mesmo de sempre, sempre falará mais alto e voltará, é tarde demais para rever? É tarde para sermos os mesmos?
O processo, e o julgamento por tudo o que já fez vai te levando a própria prisão, e não cabe mais a defesa, não há argumentos, e não há mais nada...

estamos indo, planejando sem planejar, sabendo sem saber, tudo isso porque a vida é um sonho e acordar é o que nos mata.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

           Como pano de fundo essa música, tão calma, tão bonita, me invade, não reconheço a voz da cantora e pra ser sincera não tenho nenhuma intenção de saber quem é que me traz essa calmaria que se mistura com melancolia, que me faz pensar em tudo.


Aí me lembro da estranha conversa de ontem, me dizia “são coisas da tua cabeça”, então sorrio, e o que não é coisa da cabeça? Pensamos o tempo todo...até mesmo quando não pensamos. Idealizo, distorço as palavras, é, eu sou assim, e não vou me desculpar por ser quem sou. Então simplesmente desista, não queira do outro aquilo que nem você pode fazer, e penso no filme “de ratos e homens”, que vi ontem na aula de literatura, e penso,  é assim. Involuntário. Amigos dizem eu te amo, sem intenção alguma. Nunca pedi nada, nunca prometi nada. Agora a música é outra, a reconheço, é Bon Jovi, os pensamentos não se calam para que eu possa flutuar no nada, penso em algo que um amigo rotulado “atrativo” me disse certa vez,“você pode gostar de alguém, mas não deixe de fazer aquilo que quiser fazer”, sim, ele estava certo. Podem julgar, podem criticar, podem, mas não devem. Só sabe da situação quem a vivencia. A exposição diminui a intensidade.
          Que bom estar aqui, que bom escrever as coisas mais simplórias que até uma criança poderia escrever, que bom é ouvir essas músicas, que bom que isso tudo só existe na minha cabeça. Que bom! Que bom é esta aqui e simplesmente ser livre, livre para Ser. Ser e viver.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Palavra é o foco de estudo

A palavra é livre, mas prende. A palavra é a incerteza dos homens, é o desassossego.




Enfim, não sabemos nos comunicar. Passamos a idade da inocência à descobrir palavras, perdidas ou achadas, tanto faz. Perdemos a inocência, e a palavra ainda é INEVITÁVEL. Não! Não sabemos nos comunicar, logo, silenciamos para aprender o valor das palavras, como disse um Daniel,"apreciem o sabor das palavras, dóse-as, poupe-as, e distribua-as em doses periódicas". Somos nós e elas, equilibrando-se, controlando-se, transformando-se e arrastando-se para que um dia sejamos todos corroídos pelo Senhor Tempo.

entre o altruísmo e o egoísmo

Porque todos vivemos pela verdade. Dúvidas. Certezas. Incertezas. E buscar a verdade onde todos somos incertos, não é nada fácil, somos uma constante mudança. Queremos abraçar o mundo e não perder nada, não podemos viver e ser feliz apenas com o suficiente, este não basta. Para sentirmos a vida, precisamos estar em constantes conflitos. A beleza da vida humana está em equilibrar dias cinzas com dias azuis, está é a pilhéria do existir.
Atrás disso tudo, do grande show dos homens, está escondida a linha que separa o altruísmo do egoísmo. Há homens que param e equilibram-se, entretanto a grande maioria perde-se no obscuro do egoísmo.
Um recurso o silêncio, "nada mais, é só isso e nada mais", como disse a mente perturbada de Allan Poe com o seu "Raven."  Silenciar, e assim na calmaria das águas aprender, aprender de ti e aprender  do outro. Altruísmo.
Algum tempo atrás li em algum lugar sábias palavras, que me fizeram pensar "não queira viver dentro de uma linda bexiga colorida e cheia de furos", entendi então que, o esforço para encher é desnecessário e exaustivo, pois estará sempre vazio. Entendi que ninguém pode ser feliz sozinho, aprendi que felicidade só é real quando compartilhada, descobri que é preciso ter a mesma integridade em dias cinzas e azuis. Enfim, me disseram que cada as pessoas não veem as coisas como elas são e sim como elas querem, logo, tudo o que entendi de nada vale se não para mim.

domingo, 31 de outubro de 2010

se não tem solução está resolvido!

Eu, personagem ou não, acredito mesmo nos sentidos, e se eu sinto eu VOU mais e mais...

pra perto ou pra longe...



e de ti já estou tão longe e melancolica....Será que entendo tudo errado?



Será que outro sorvete vai me deixar melhor?
 Será que só você, pessoa ausente, tem esse poder?



Amo-te intensamente a cada dia,  e a ausencia que nos distancia só alimenta a vontade, e talvez te ame ainda mais...em silencio te amo, em vão te amo. Não quero, mas preciso de um chá do esquecimento.



Minha mãe disse: "filha, você precisa seguir, é isso que as pessoas fazem".(acho que ela viu isso num episódio do Gray's)

Mergulho no mar dos meus livros, não há o que fazer além de deixar o tempo corroer o sentimento, e como eu sempre digo, se não tem solução tá resolvido.

Será que eu entendo tudo errado?

Semana de cão esta que passou...
Hoje, começa tudo outra vez, ainda estou um caos. Por quê? Por quê?
por que me encho de perguntas e não de respostas, por que me flagro pensando sempre no mesmo sorriso, com os mesmos problemas, com as mesmas noticias...
Será que entendo tudo errado?
Será???
ai Deus, é anormal, é surreal.
Me fazem parecer o vivente mais absurdo tanto quanto o Fantastico Mundo de Bob, lembram do desenho?
Eu sou normal pra mim, anormal são algumas atitudes minhas, como por exemplo ficar perto de quem não me faz bem, e aí se reúne muitos dos meus tão delicados e complicados porquês, "Kant já dizia que o ser humano não consegue ver as coisas como elas realmente são", até por que cada um ve com um olhar, mas parece que o meu jeito é o mais esquizofrenico.
Será que nem existo, será que sou mesmo um personagem tal qual Bob?
Será que eu te fiz real e tu não me fez?
Será que eu não sei amar? Será que sou uma Shakesperiana apaixonada?
Eu posso até ter criado você, e tê-lo tornado real apenas na minha realidade, mas podes escolher teus caminhos, é isso que eu penso.
E no meio de todo o drama, a semana já começou melhor, pois de todos os quereres, quis apenas um sorvete.
Será que se eu lesse isso buscaria o inexistente das entrelinhas e associaria um simples sorvete à coisas gélidas da vida?
Será mesmo que entendo tudo errado?
O sorvete que eu quis era do sabor "sensação", acho que sou mesmo dos sentidos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

É, eu preciso de um chá

...alguém lembra daquela música que diz "deixar de amar não é normal, não se desama dando um mero tchau..."


Ainda amo-te com a mesma intensidade ou até mais, alimentavamos o amor. Mas como tu me disses certo dia "deixa de existir o que não é compartilhado", Aí me pergunto deixaremos de existir um para o outro?
Por que me revolta as pessoas estarem sempre partindo, sempre fugindo?
Por que adiar a felicidade?
Não dá pra ser feliz agora?
E tu que gostas do ditado do filme " felicidade só é real quando compartilhada".
Com quem estás a compartilhar?
E me sinto sem respostas e com vergonha, por que toda intenção de te procurar e trazer de volta para a minha realidade é para mim humilhação.
Tens o direito de escolher teus caminhos. Tens o direito de escolher tua realidade.
Tenho o direito de não querer, tenho o direito de silenciar, tenho o direito de me abster.
E que venha o chá do esquecimento, que venha, antes que eu enlouqueça.

...me lembro do chá de cidreira, que gentilmente me ofereceram hoje no trabalho. É, eu preciso de um chá.

...Posso virar as costas, posso não mais querer te ouvir, posso longe ser ninguém, posso escolher não mais fazer parte, eu posso...calar, silenciar, deixar, AMAR... posso escolher sair, mas o encontro da alma permanece, meu coração pode ficar em zero grau, a frieza é decepção, o ciúme incendiou o amor, a posse dilacerou o coração, o sentimento ficou, nada mais que a mutação do eternizado romance que não ficou nem foi.

"...e tudo o que era já se foi sem ter ido, já se foi sem ter sido..." (do livro Ãnima)

Diálogo dos sonhos

-O amor machuca!

-Não seria melhor se todos amassemos do mesmo jeito?

-Não!

-Por que não? Aí saberiamos quando somos amados.

-Bem, o problema nisso é que analisando as consequências, estaríamos matando o que move o Ser Humano, "A Conquista". Ainda acha que seria melhor se todos amassemos igual?

-Não sei, mas que todo amor é possessivo é fato!

-Daí vem a dificuldade, a vida em um relacionamento é a luta contra a invasão da privacidade.

- E como é que sabemos se amamos alguém?

-Isso é muito importante, porque, simplesmenmte o amor brota, assim espontaneamente, como num impulso, assim sem explicação você acorda um belo dia e descobre que a mesma pessoa com quem você convive há anos, você... bem você a ama. Rsrsrsrs

-Ou seja, encontrar o amor, é encontrar-se consigo mesmo.

-Mais ou menos isso, é encontrar-se no silêncio absoluto, o amor não precisa ser gritado ou exposto, o amor só sabe quem sente, rsrsrsrs, mais um clichê que é estupidamente real.

-Real? pra você ou para todos?

-Bem, Kant acreditava que nós não podemos saber como as coisas realmente são em si, apenas podemos ver como elas são para nós. Logo, pode ser real para quem quiser.

-Ainda amo-te. O tempo não mata o amor, não que eu queira reabrir sepulturas e ressussitar oque talvez, ressalto TALVEZ, exista apenas em "minha realidade".

-Amo-te com muita intensidade, até mais que antes.

-Alimentamos o amor.

-É, alimentamos o amor.

-Sei que nunca mais o verei.

-Estarei sempre pra você.

-E sentirei issso, como senti esses meses todos, sentirei no cheiro da chuva, na noite que nunca acaba, e principalmente na saudade que me consome.

-E na distância, tornaremo-nos reais.

-Como tu gostas de dizer que és invenção dos meus momentos.

-Abra os olhos é hora de acordar...a viagem termina aqui, personagem passageira  da minha realidade, a vida adulta te aguarda!

...Ela acorda, levanta, ainda perturbada com o diálogo dos sonhos, permanece quase uma hora debaixo do chuveiro, quer chorar, não chora, quer sair, não sai, no controlar de seus impulsos, retorna. É só mais um dia da vida adulta, não é personagem de drama, apesar de o drama lhe cair bem.

eu to tentando

eu to tentando saber o que é isso

você provoca em mim desejos, todo tipo de desejo,

eu tentando ser boa amante


se agimos influenciados por preconceitos, esquemas mentais, paradigmas, propaganda, o nosso pensamento deixa de ser LIVRE

eu to tentando ser feliz

eu só consigo ver a vida com o óculos verde

eu tentando ser feliz

não é intencional o drama

eu to tentando te fazer feliz

não crio ninguém para a minha realidade

eu to tentando eu to treinando

posso viver sem você, mas se estivesse aqui

eu to tentando

seria tão mais agradavel

eu to tentando ficar com Deus

não no paraíso de Dante

eu to tentando eu to treinando

minha realidade, meu óculos verde...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

silencie

Aprender! É tempo de aprender. E nunca mais vou errar como errei com você... é tempo de aprender.

"Não seja você um problema para o problema", disse o chefe da tribo.

Silencie e se proste na quietude da alma, respire o ar dos dias. Aprenda a não envelhecer com o problema alheio, afinal, não ganhará nada além de blá blá blás.
Seja paciente, e silencie, ao som do teu silêncio virão as respostas.

Não há nada a dizer, que o silêncio grite a revolta...
e ignorando a ignorância dos arrogantes possamos aprender, pois é tempo de aprender.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ah como eu gosto de você

Ouço Legião porque mesmo sem te ver acho até que estou indo bem, é estranho sentir uma vontade enorme de me apagar como o sol do Renato que a chuva apagou, mas tudo bem, tudo bem...

Mais uma vez a Pilhéria. O incoerente sentimento toma conta de mim, odeio a dependencia do amor, querer-te em paz mesmo que com isso o meu mundo desbote. Desbotado do girassol sem sol, pilhérias, quase nem me lembro quem sou, sou hoje a defecção da decepção.
sou a parte estragada pela sutileza da insegurança.
Sou um misto de Ira e como eu gosto de você, ah como eu gosto de você...seu beijo minhas mãos em seu quadril...ah como eu gosto de você...

domingo, 24 de outubro de 2010

"e o não querer voltar que me leva de volta para o ontem por que o hoje não me deixa ficar em pé, e o amanhã é uma segunda feira...vai passar"


Posso completar isso dizendo que a psicologia diz que tudo passa, e realmente quase passa, mas nunca passa, o pouco do quase só se multiplica...
Penso hoje no ontem, e amanhã meu hoje pensativo será só mais um ontem, e quanto tempo vivo para ontens?
certa vez ouvi uma coisa que me fez refletir, " o passado já era para nós, mas não nós para o passado". Creio que tenho passado tempo demais visitando o passado, e ando esquecendo de abrir a porta para o hoje.
Se faz necessario limpar o estrago que o tempo fez, e aguardar o sol que certamente virá.  Não cabe mais esse drama na listagem dos dias. cadê meu happy-end???

sábado, 16 de outubro de 2010

Ontem ela viu pela terceira vez o filme Ensaio Sobre a Cegueira. Ela viu o filme e pensou. Sim!
Ela pensou nos dias de cegueira que vivenciara, enfim, o aprendizado.
Quanto a busca de dias claros ela abriu os olhos para nada ver, a realidade se faz negra, a claridade da superficie esconde o real. Sim,Faz sentido toda a cegueira do mundo.

Quanto ao querer

E o que eu quero se eu não quero sempre?
Pode, por favor, me responder?
Meu eu desnecessario.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quanto a fuga

Quanto à fuga



A difícil e árdua tarefa de enfrentar os demônios que perturbam a paz.

"afasta meus olhos do pecado”, disse a moça
Enfrentar ou fugir? Em que consiste tal escolha, reflita.
Enfrentar o invisível, e fugir do que te acompanha. É possível?
Como enfrentar?
Na incerteza a fuga, caminha-se por outros caminhos. Procura o que procurar, conversas consigo mesmo, engana os pensamentos. Enche-se de coisas vazias.
A fé, a busca do algo mais.
A luz está acesa mais a casa está vazia, essa frase retrata a fugacidade.
E quanto mais longe mais perto. Fugir é estar em contato. Enfrentar é encarar as conseqüências.
A vida sem atalhos é para poucos.
Na linha reta que é o tempo, não dá para voltar e fazer nova escolha.
... quanto tempo do teu tempo vivenciou ontens...
Abre a janela e respire o hoje, isso se faz necessário. Faz faxina e lança fora o inútil que te toma o espaço e preenche com o novo, e conevnça-se de o novo sempre vem e "que venha porque o que vier é perfeição".
Prove o novo, deguste com calma e saboreie cada segundo do que virá.

Sobre Palpites

Plantei ideias, ideias realistas, uma visão já esclarecida, agora me arrependo, não há como olhar nos olhos de uma pessoa que teve um excesso de claridade na sua visão, e a cegueira de antes passa a ser outra. Culpada eu?
Sim! Culpada por enxergar além da maioria, culpada por falar o que os demais não se atrevem, sim culpada...
A dor da verdade é quase mortífera, não, nós não precisamos de mais sofrimento, então, fecharei a boca e calarei meus pensamentos, minhas verdades são para serem conhecidas e não emitidas. Espero que passe esse olhar tristonho e decepcionado que te enfeita a face, meu amigo, desculpa por falar o indizível, e só agora me vem palavras de um pequeno na janela da memória: “só sabe da situação quem a vive”.

Não perca tempo

Não perca tempo procurando fora, aquilo que está dentro... Lança-te de ti e se olha através do olhar do outro, afinal, não és aquilo que aparenta ser?


Explore os sentidos e liberte-se do cárcere, prisão que tu mesmo criaste.
Na vida não procure nada nem ninguém, passeie pelos labirintos a olhar os quadros dos corredores. É mente, é corpo, és a busca da liberdade. É o cansaço do controle. É só instinto e impulso.
É o inteiro de um ser. Este é o  lugar.
Queira entender o motivo por teus olhos focarem sempre os mesmos gestos da mesma pessoa, e ouça Ana Carolina com a câmera que filma os dias, deseje que está câmera seja focada com a pergunta, com a simples pergunta “por que você mentiu?”.

Desvie olhares, sinta  vontade de beijar como nunca, e saiba o que são vontades...

Bem, como diz a música “eu não me lembro o dia que isso tudo comecei”,  contos curtos não são romances, identifique um novo gênero literário, incomum. Oculteo sentimento e fale por metáforas, inadmissível querer o que não se pode.
Não há mais do Ser para morrer de amor, os olhos insistem em buscar, a boca insiste em dizer não, como disse um simples “isto não cabe mais”, não  ignore os fatos.
Há quem diga que se esconde atrás de palavras, seriam elas escudos?
Há um vocabulário inteiro, ele é arma e escudo, resta saber és ataque ou  defesa, e tens que escolher?
Pode sim, não querer.
Seres auto falantes, as coisas que lhes saem dançando dos lábios, belas mentiras?Mentiras sinceras?Verdades momentâneas? Ilusões disfarçadas de olhares sinceros! Não queira querer. Querer e poder andam cada vez mais distantes.
Querer o que se pode é liberdade sim, e estas controlando? dominando a carne?  controlar cansa.
O gosto desse gostar defectivo reúne todos os sabores.
Tudo isso pra quê? Se a coisa mais inútil do mundo é o que está atrás, no ontem, com passos lentos e vagarosos a vida segue, e não há tempo a perder, então deguste os sabores da ilusão e prove essa ideia que é só mais um faz de conta que não aconteceu.
Sorria a doce cegueira que te é apresentada na claridade da superficie, evite as lágrimas da profundidade.
A degustação das  marcas.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

o dia chora

O dia chora o fim da estação, o mundo cai, cai em forma de gotas, gotas vindas do céu
é tragico, é terça
... saudade do sol
doce sorriso do girassol, sorriso amarelado para o sol
Uma vez era mais fácil, era um misto das quatro estações,
agora é cinza,
cinza como a fumaça nas noites.
O inverno passa e a frieza das pessoas fica.
O dia chora.
Como dizia minha continuação: "são esses chorosos dias."
Chove, e onde estou que não estou a brincar na chuva?
Mesa, telefone, relatórios, notas...
me escondo atras da seriedade da moça que não sou eu.
Saudade das cores da não preocupação, saudade de quando a chuva era vida.
saudade doente de cantar Raul e o medo da chuva.
... momento saudosista...
era mais feliz quando não percebia que o dia chorava o fim da estação.



(no meio do caos, você diz: "Clau, tome um chá!"....e me faz lembrar do coelho de Alice no pais da maravilhas... um coelho com seu relógio, seu tempo e seu chá... sorrio, não sou Alice.)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Baby, as músicas falam

***********

Baby



Rita Lee


Composição: Caetano Veloso

Você precisa saber da piscina

Da margarina, da Carolina, da gasolina

Você precisa saber de mim



Baby, baby

Eu sei que é assim



Você precisa tomar um sorvete

Na lanchonete, andar com a gente

Me ver de perto

Ouvir aquela canção do Roberto



Baby, baby

Há quanto tempo



Você precisa aprender inglês

Precisa aprender o que eu sei

E o que eu não sei mais



Eu sei, comigo vai tudo azul

Contigo vai tudo em paz

Vivemos na melhor cidade

Da América do Sul

Da América do Sul

Você precisa, você precisa



Não sei, leia na minha camisa

Baby, baby

I love you

domingo, 19 de setembro de 2010

Insustentável

       
                Suicidou-se no mesmo dia
                     que descobriu
              A insustentável leveza
                    De seu ser.

(vi isso em um blog, achei muito show, e quando eu calo sempre tem alguém para falar.)

... sem dúvida um dos melhores livros que já li, Insustentável leveza do Ser, grande Kundera.

Acorda

Ela sonhou com o homem que usava uma gravata de corda, ela sonhou e sentiu suas mãos se tocarem , ela não via a face, o homem beijava seus ombros que estavam à mostra, ela usava a blusa verde musgo.
Eles caminhavam no gramado, era desejo não era amor.Eles escondiam-se em sonhos. Esquivavam-se das pessoas, o homem com a gravata de corda escondia algo, ela nunca desconfiou de sua gravata.
O homem que usava a gravata de corda disse: "mandarei noticias." Ela disse: "Não mande."
De subito ela acordou. Sonolenta foi ao banheiro e lavou o rosto, olhou-se no espelho, em seu corpo nu apenas uma gravata, uma gravata feita de corda, era sonho? Olhou-se fixamente, tocou a corda para senti-la real, e encheu-se de espanto.
Ouviu passos, o coração disparou, sim, estava viva. Respirou fundo e voltou para seu leito, adormeceu para tentar dessa vez ver a face do homem, o homem que se foi e deixou o eco de passos pela casa. E ela sonha com bosques e dessa vez ela é quem usa uma gravata de corda e toca um corpo jovem, uma pele clara,  ela não tem face,  ela beija um peito e acaricia ombros largos e fortes, o sono está enfraquecendo e antes que acorde, ela tira a gravata e a veste nesse jovem corpo, o deixa dormindo e parte  com passos leves, sem despedida,  ele acorda, atordoado. Apenas uma corda.

...em graves acordes permanecem a cantar, apenas uma corda para aqueles que não acordam.

Cartola

Acordei cedo, liguei uma música. Com toda calma do mundo tomei minha caneca de café. É domingo.
A semana passou e eu nem vi. Sozinha.
Ouço  Cartola:
"Quem me vê sorrindo pensa que estou alegre
O meu sorriso é por consolação
Porque sei conter para ninguém ver
O pranto do meu coração
Compreendi o erro de toda humanidade
Uns choram por prazer e outros com saudade
Jurei e a minha jura jamais eu quebrarei
Todo pranto esconderei."


Olho as pessoas à minha volta, estão elas exibindo sorrisos, felizes? me pergunto.
 e estou em casa me fecho em músicas, e sou melodias como "Preciso me encontrar", Cartola, Tom, Belchior...

E vem meu irmão e me diz; "e você ficou sentida?"
Digo: "não, eu não sei."
Ele diz: "Pois é já era agora."

É estranho eu não saber, não lamentar, escrevo conversando comigo mesma. Sorrio e ninguém saberá.
Não posso voltar, não saberia o que levar na mala. Não saberia caminhar nas ruas e ser só uma imagem mascarada. E agora onde é o meu lugar, de todos os lugares, pra onde voltar?
 Inerte danço a minha música, a garota do sorriso parado, intenções indiferentes. Escolho outras palavras, desvio olhares, e caminho por ruas que nunca caminhei. Como diz Cartola "disfarça e chora".
E tudo que possa a vir será moleza se comparado ao que passou.
E que venha com calma, para não sair correndo, porque todo mundo tem medo de entrega.
e como no filme O tempo que resta, eu digo "pra quê?".

A mesma estória

"Quem me ve passar calado e triste

Não resiste
E vem me perguntar o que causou
Esta transformação
Já estou cansado de contar aquela estória
Que é sempre a mesma estória
Que resume-se em desilusão
Preciso andar pra não pensar
No que passou e não chorar
Viver em paz e sepultar de vez
A minha grande dor
Confiante despeço-me dos meus amigos
E da cidade
Só voltarei quando encontrar felicidade"

sábado, 18 de setembro de 2010

passado

o passado é feito de grito, o presente é feito de silêncio, e o silêncio de hoje será o passado amanhã, mesmo assim o passado foi grito???

como saber o que é passado? se todo o ontem já é passado.

pensamentos paralelos.
penso coisas atipicas o tempo de todo.

ando cansada de gritos e silêncios e afetos vulgares.
quero o inexistente alguém por favor crieeeeeeeeeeeeee, invente.
Ah! eu sou hoje, eu sou agora.
como dizia Lispector: "me provoque, me tire do tédio, me faça sentir."

que toda a euforia do grito será silêncio, sempre sempre e sempre.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

felicidade só é real...

Como o Dr. Patch Adams Hunter, eu quero constriur um forte para guardar os meus dos males do mundo, mas enquanto isso não passa de utopias viajantes, já que não tenho ou não estou com humor para aliviar e apressar os passos da cura, eu ouço Bon Jovi, e sei  mesmo que o amor é contagioso, e que a vida é bem mais que a tempestade, e que o processo de cura é uma intensa espera, e que amamos como se ama certas coisas escuras secretamente entre a sombra e a alma...e a vida é sem limites. Muitas vezes a  tempestade ruje em minha mente. Mente que mente. Cuidado!
Desafio as leis da probabilidade... mas depois de um tempo perde-se a energia. É assim.
A loucura inquebrantável do homem, o homem que precisava "do algo a mais". O homem que queria mais que a felicidade, o homem que necessitava ser exageradamente feliz. A loucura enfrentando o mal da indiferença. Bem me quer, mal me quer...bem me quer, mal me quer. Preciso de mais flores.
...e Deus criou o homem sobre tormentos indescritiveis.
Inquebrantavel, animal desenfreado.
um homem inventando a cápsula do sorriso parado, do sutil "eu estou bem", sorrisos fabricados e vendidos na invisivel máscara.

Frases de impacto...sou feita disso
"as pessoas precisam do que elas teem menos"


...e em que consiste a felicidade?

"...felicidade só é real quando compartilhada"

o porque dos porquês

Eu caminhei querendo chutar o ar
falei querendo gritar
sorri e queria mesmo é chorar
meu "eu" desnecessário, meu "eu"
fui aprovada para ser desaprovada
eu não gosto porque não sei ou não sei porque não gosto?
tem diferença?
falo o que não penso e penso o que não falo
Eu tenho medo da doença câncer...
e medo de quem é de cancer.
choraria...
mas se chorar afogarei os peixes do aquario orgulho
peixes coloridos com todas as cores da ilusão, porque sem dúvida ilusão há de ter cor
por que em dias como hoje me perco no verde das ervas, verde eu gosto dessa cor, verde "esperança"
esperar, esperar, esperar... e a espera é cinza como a fumaça
...surtos de srtª Marley
e me encho mais e mais do verde, cor sem cor
foi mal, e me encho de porquês desnecessários
e seguimos porque os porquês nunca acabam
chuto o ar e quase nem te penso
e já sei, me chamem de dramática, me digam exagerada, vamos me digam, me rotulem
ah rotulem grande "Drama"
afinal o drama é interessante, bem mais que a comédia "humor babaca"...
e em inglês a lua é moon
por isso traduzir os textos sobre Billy Jack nunca foi tão triste
mas e agora, tenho opção? Não!
e sou toda olheiras, me sinto cansada e as pupilas se dilatam
e eu falo pra caramba
falo falo falo e do nada me calo
e o silêncio não é bem vindo porque estou na onda dos peregrinos "sintetizando"
por isso fala-se tudo para não dizer nada
...é isso quem cala não consente
É como a brilhante frase de Magnólia; "eu confunfo melancolia com depressão." Você não?
e insisto em não afogar os peixes do aquario que encontrei na vida na "vida que espanca docemente"
garoto do ar ausente
Magnólia faz tanto sentido e
hoje eu sou Claudia sentada na mesa com o cartão de crédito... isso nunca vai acabar...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não tente

E o que eu quero se eu não quero sempre?

 O que eu quero? Paixão? Diversão? Emoção? Distração? Isso e muito mais...
Não me venha com discursos sobre decisão, já decidi que não vou decidir, não tente me trovar como na era romanticista, e nem tente vir com o discurso épico naturalista, não tente me confundir.
Não quero ser como Gatsby e morrer por um sonho,também não quero passar a vida querendo não querer e nem quero uma vida mediana, com um relacionamento mediano, também não preciso me perder em meio as cores de uma amizade, não quero uma vida morna, não quero e não quero mesmo. Então, já que sei o que não quero, logo, sei o que eu quero. Só que o que eu quero eu não quero falar.
Mas por hora eu posso afirmar que felicidade não me basta, quero euforia, não aquela que me é vendida, e sim aquela que me invade. Posso até viver só da realidade, mas só se for bem apimentada se não logo me cansa, me enjoa e tenho que sair correndo para pegar o trem das sete e viajar com Raul. Tenho a necessidade de sentir a vida, e a vida as vezes é azeda, as vezes amarga, as vezes doce como o mel das virgens de José de Alencar, as vezes é fria mas quando esquenta vai além da Megera Domada de Shakespeare, são as delicias do inacabado... a vida é boa e eu preciso senti-la.
E ainda dizem que não sei o que eu quero, tudo bem que posso mudar meus quereres ao longo do caminho, porém tem gosto que eu sempre gosto... e eu gosto e apoio a ideia de pontes de benevolência de Proteu, bem sei que a maldade gratuita não é pra mim.
Existe quem não precisa de muitas palavras para falar muito e existe quem não fale muito  porque palavras nada valem comparadas à sentimentos.

E o que eu posso querer ???

domingo, 5 de setembro de 2010

coisas atipicas

Nos últimos meses coisas atipicas aconteceram. É algo relativo à percepção, é invisivel aos olhos, são atitudes banais, diria até triviais.
Sentir mais... como me falaram uma vez "cuidado com a mente que mente", pensei a respeito, e respirei fundo, resgatei a parte de mim que andava alheia, e libertei o criador das criaturas que já fui...criatura palhaça, criatura racional, criatura sentimental, criatura inocente e todas as demais criaturas que tomaram o poder, enterro as máscaras que criei e muitas vezes me obriguei a usar,  aceito o azedo do limão, faço careta e quase choro, mas não mais mentir pra mim mesma.
"agora vem o criador pedir conselhos a criatura", não né? rsrsrsrs

"Não criou por causa das criaturas, pois a criatura deve existir para seu Criador e não o Criador para a criatura. Provérbios 16:4. "

pro H2

Ele tinha medo de falar comigo.
Eu não tinha o que falar com ele.
Ele me achava um tanto agressiva para com as pesssoas.
Eu achava ele espirituoso demais.
Ele falava alto.
Eu quase sussurrava.
Ele invadia meu mundinho.
Eu ia me desarmando.
Ele me julgava.
Eu não queria rótulos.
Ele me dizia "coisas que não diz".
Eu o dizia vulgar.

e assim foi passando os dias... 

Ele é feliz, com suas escolhas.
Eu não tenho preconceitos.
Ele me aceitou. (mas ainda me critica rsrs)
Eu o deixei entrar no clã.
Ele não me deixa só.
Eu estou aqui pra ele.
Ele disse "eu te amo bocó".
Eu digo: "Henrique, vou contar pro teu namorado".


"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que morressem todos os meus amores.

Mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Alguns eu não procuro ,
basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...
mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure sempre...”
Vinícius de Morais

os túneis

Sem ver, nem falar, apenas sentir, foi assim que todo o drama começou, TENSÃO.
De olhos vendados, boca fechada, e os sentidos todos aguçados e a insegurança tomando cada minuscula parte do corpo, foi o momento de dispensar o desnecessário, agarrar-se ao necessário, abandonar velhos medos, abaixar a cabeça e adimitir que somos falhos, ENFRENTAR.
Nem sempre é fácil atravessar os tantos túneis escuros que encontramos ao longo de nossos tumultuados dias, mas parar e reclamar não é solução. Bem, e quando o túnel é muito baixo e você não pode andar para  ver a luz que existe no final? Esse é um problema ainda maior, quando não dá para erguer o nariz e forjar uma superioridade,e lá está você, sem olhos, sem boca, condenado à um tunel de mais ou menos 30 cm de altura, o DESESPERO. Entrega-se à terra, sente o drama, única tentativa de ultrapassar os dias cinzas que ainda hão de chegar. E você sente-se abandonado, sem forças, e rasteja como um lagarto, è sofrido, mas ao conseguir, você que antes estava só, ouve uma voz amiga de alguém que está na luz do fim do túnel, e ela te diz palavras  de incentivo e te abraça... e de todos os abraços este é sem dúvida o melhor da sua vida, um abraço sem segundas intenções, um abraço amigo, um ombro confiável. De todos os sentido sinta a vida. E assim sendo se fosse preciso enfrentar mais dez túneis para estar novamente em braços tão aconchegantes, enfrentaria.
E como cegos agimos todos os dias, mas certamente um momento  com os olhos vendados serve para nos abrir os olhos pra coisas que de olhos abertos nos negamos a ver. É um passo, apenas um,  para dar ínicio a uma longa jornada cheia de curvas perigosas. Então antes de tirar a venda dos olhos é preciso abrir os olhos do coração,  tirar as armaduras e se entregar, porque o novo sempre vem e como dizia Renato "que venha porque o que vier é perfeição".
Termina-se os minutos que se fizeram horas, e as vendas podem ser retiradas, abre-se então os olhos e vê rostos amigos, e não mais se deixe cegar de olhos abertos, essas pessoas a sua volta estão aí pra você, e agora você está aí para elas?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

É revoltoso

Isso é revoltoso, porque dizem que não há nada que o tempo não resolva. Tempos infernais...
e como sempre me vem músicas na cabeça e hoje não é diferente. Malditas músicas que me fazem divagar.
E será que é tão dificil assim seguir, tudo me faz  lembrar. É a dor que insiste em ficar e assim como ela vem ela deve ir, hóspede indesejada... e ainda penso.Baby, quanto tempo falta para te esquecer?
É revoltosoooooooo... eu queria mesmo me descabelar e chorar talvez até gritar, mas caramba a dor não vai passar, e me vejo aqui tão tão tão sei lá, e o tempo já passou, tempo do relógio, tempo alheio, tempo meu...Tempos infernais.
Perdi e o vi  partir, posso dizer que hoje tudo o que quero é esquecer... e sei bem como o fazer mesmo sabendo das consequências,eu quero, mas lá vem ela dizendo juizo filha, e posso eu querer me perder?
... não essa não, tudo menos sertanejo nesse momento, minha teoria sobre passado mais sertanejo igual a depressão é real, então por favor dá pra tirar essa porcaria de Zezé di Camargo? ok assim está melhor. Não tão melhor, melhor seria se eu pudesse dos sentidos todos, pelo menos hoje, não sentir. Isso! vamos a cantar com Renato "já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim... lembra que o plano era ficarmos bem?...olha só o que eu achei cavalos marinhos... "
E eu sinto, e sentir hoje me revolta, por que o tempo passado esqueceu de me esquecer, e nem toda a filosofia vai me ajudar, nem toda música vai me aquietar, nem toda história que historiadores não contaram eu poderei contar, mas uma vez li Kundera com toda a insustentavel leveza do ser, vagas ideias semelhantes à maçã do Raul, ideias que quis acreditar, mas ao pensar em  toda a liberdade ilusória, eu sinto e sinto tanto...
Descarrego os erros para que os sentidos evaporem, liberto a mente... e como diz aquela música "eu ando por ruas que não sei o nome só pra me perder"...
...tive medo, e o que eu fiz é ó que eu sou, mas o que eu fiz não será quem serei... Descarrego os erros e liberto a mente, e não há nada que possa me prender "livre de todo um dever moral".
E só por isso que de Renato ouço Raul, e eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei quem sou...

Há tempos tinha eu uma ideia de vida e liberdade, e hoje realmente sinto muito não ter sentido nada, não encontrando palavras para definir meus pensares perante a revoltosa revolta para comigo mesma em relação ao tempo, liberdade, amor e tudo mais, encontrei por aí sábias palavras de Paulo Coelho.

" Fizemos amor no mesmo dia.


Eu pensei comigo mesmo: “não vai durar muito”. Durante os dois primeiros anos de relação, estava sempre preparado para que um dos dois fosse embora. Durante os cinco anos que seguiram, eu continuava achando que era apenas acomodação, e em breve cada um seguiria seu destino. Tinha convencido a mim mesmo que qualquer compromisso mais sério iria me privar de “liberdade” e impedir-me de viver tudo aquilo que desejava.
Vinte nove anos depois continuo livre – porque descobri que o amor jamais escraviza o ser humano. Sou livre para virar a cabeça e vê-la dormindo ao meu lado – essa é a foto que tenho em meu telefone celular. Sou livre para sairmos, caminharmos, continuar conversando, discutindo – e eventualmente brigando, como sempre. Sou livre para amar como nunca amei antes, e isso fez uma grande diferença em minha vida."
 
 
...e preciso especificar mais? Creio que não, por que ainda há tempo.