Isso é revoltoso, porque dizem que não há nada que o tempo não resolva. Tempos infernais...
e como sempre me vem músicas na cabeça e hoje não é diferente. Malditas músicas que me fazem divagar.
E será que é tão dificil assim seguir, tudo me faz lembrar. É a dor que insiste em ficar e assim como ela vem ela deve ir, hóspede indesejada... e ainda penso.Baby, quanto tempo falta para te esquecer?
É revoltosoooooooo... eu queria mesmo me descabelar e chorar talvez até gritar, mas caramba a dor não vai passar, e me vejo aqui tão tão tão sei lá, e o tempo já passou, tempo do relógio, tempo alheio, tempo meu...Tempos infernais.
Perdi e o vi partir, posso dizer que hoje tudo o que quero é esquecer... e sei bem como o fazer mesmo sabendo das consequências,eu quero, mas lá vem ela dizendo juizo filha, e posso eu querer me perder?
... não essa não, tudo menos sertanejo nesse momento, minha teoria sobre passado mais sertanejo igual a depressão é real, então por favor dá pra tirar essa porcaria de Zezé di Camargo? ok assim está melhor. Não tão melhor, melhor seria se eu pudesse dos sentidos todos, pelo menos hoje, não sentir. Isso! vamos a cantar com Renato "já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim... lembra que o plano era ficarmos bem?...olha só o que eu achei cavalos marinhos... "
E eu sinto, e sentir hoje me revolta, por que o tempo passado esqueceu de me esquecer, e nem toda a filosofia vai me ajudar, nem toda música vai me aquietar, nem toda história que historiadores não contaram eu poderei contar, mas uma vez li Kundera com toda a insustentavel leveza do ser, vagas ideias semelhantes à maçã do Raul, ideias que quis acreditar, mas ao pensar em toda a liberdade ilusória, eu sinto e sinto tanto...
Descarrego os erros para que os sentidos evaporem, liberto a mente... e como diz aquela música "eu ando por ruas que não sei o nome só pra me perder"...
...tive medo, e o que eu fiz é ó que eu sou, mas o que eu fiz não será quem serei... Descarrego os erros e liberto a mente, e não há nada que possa me prender "livre de todo um dever moral".
E só por isso que de Renato ouço Raul, e eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei quem sou...
Há tempos tinha eu uma ideia de vida e liberdade, e hoje realmente sinto muito não ter sentido nada, não encontrando palavras para definir meus pensares perante a revoltosa revolta para comigo mesma em relação ao tempo, liberdade, amor e tudo mais, encontrei por aí sábias palavras de Paulo Coelho.
" Fizemos amor no mesmo dia.
Eu pensei comigo mesmo: “não vai durar muito”. Durante os dois primeiros anos de relação, estava sempre preparado para que um dos dois fosse embora. Durante os cinco anos que seguiram, eu continuava achando que era apenas acomodação, e em breve cada um seguiria seu destino. Tinha convencido a mim mesmo que qualquer compromisso mais sério iria me privar de “liberdade” e impedir-me de viver tudo aquilo que desejava.
Vinte nove anos depois continuo livre – porque descobri que o amor jamais escraviza o ser humano. Sou livre para virar a cabeça e vê-la dormindo ao meu lado – essa é a foto que tenho em meu telefone celular. Sou livre para sairmos, caminharmos, continuar conversando, discutindo – e eventualmente brigando, como sempre. Sou livre para amar como nunca amei antes, e isso fez uma grande diferença em minha vida."
...e preciso especificar mais? Creio que não, por que ainda há tempo.
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