quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Não tente

E o que eu quero se eu não quero sempre?

 O que eu quero? Paixão? Diversão? Emoção? Distração? Isso e muito mais...
Não me venha com discursos sobre decisão, já decidi que não vou decidir, não tente me trovar como na era romanticista, e nem tente vir com o discurso épico naturalista, não tente me confundir.
Não quero ser como Gatsby e morrer por um sonho,também não quero passar a vida querendo não querer e nem quero uma vida mediana, com um relacionamento mediano, também não preciso me perder em meio as cores de uma amizade, não quero uma vida morna, não quero e não quero mesmo. Então, já que sei o que não quero, logo, sei o que eu quero. Só que o que eu quero eu não quero falar.
Mas por hora eu posso afirmar que felicidade não me basta, quero euforia, não aquela que me é vendida, e sim aquela que me invade. Posso até viver só da realidade, mas só se for bem apimentada se não logo me cansa, me enjoa e tenho que sair correndo para pegar o trem das sete e viajar com Raul. Tenho a necessidade de sentir a vida, e a vida as vezes é azeda, as vezes amarga, as vezes doce como o mel das virgens de José de Alencar, as vezes é fria mas quando esquenta vai além da Megera Domada de Shakespeare, são as delicias do inacabado... a vida é boa e eu preciso senti-la.
E ainda dizem que não sei o que eu quero, tudo bem que posso mudar meus quereres ao longo do caminho, porém tem gosto que eu sempre gosto... e eu gosto e apoio a ideia de pontes de benevolência de Proteu, bem sei que a maldade gratuita não é pra mim.
Existe quem não precisa de muitas palavras para falar muito e existe quem não fale muito  porque palavras nada valem comparadas à sentimentos.

E o que eu posso querer ???

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