domingo, 22 de agosto de 2010

Como Belchior

Como Belchior, desesperadamente eu grito em português.
Ando sim, descontente, e já nem me preocupo com o que vão pensar, eu faço qualquer coisa para esquecer, esquecer de lembrar quem não quer me lembrar. Ando descontente com essa condição de andarilha, realmente nunca pensei que este dia fosse chegar. Foram noites que tentei colorir com sons imaginários tirados em momentos viajantes, e foi preciso um tempo aprendendo a conjugação do verbo colorir para saber que este verbo é defectivo, e assim sendo, minhas tentativas também o foram.
Para solucionar minhas carências, utilizo outras formas "e pinto a paisagem com cores mais fortes".
Cores essas que me são vendidas, com o estranho nome de "ilusão". Estou cansada, e quero dar um tempo a sós, como fez Belchior, não quero ninguém a me procurar, tempo de cura.
Felizmente, me vem a teoria do livre arbítrio. Posso voltar? Sendo eu filho pródigo, posso? Devo?

...e até quando vou com minhas velhas roupas coloridas???




*Hoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer!

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