Diante do inexorável passado, olho o hoje, na plenitude da solidão.
Meu dia é um caleidoscópio de mil e quinhentas cores todas mutáveis. Estou com todas as partículas vivas e mesmo assim penso em você, no seu ar sempre ausente, estou cansada de viver para os outros, quero deixar de vez esse mundinho órfico.
Quando me deixei levar em noites impulsivas sabia bem que essa paixão estava com o tempo contado de acordo com os relógios de Dali, mas te escolhi para exercitar meu temperamento romântico, no inicio eram beijos tímidos, medrosos e silenciosos, nunca proferimos nenhuma palavra como falsa promessa. Parece estranho mas em minha memória vem teus cabelos, uma ideia de garoto largado, despreocupado, assim como eu.
Um garoto que vejo como homem tão homem como o mais animal dos homens, desempenhando o papel de macho.
A nossa comunicação muda, vejo o sexo como decorrência e não como fator, todo o interesse nasceu a partir de um duelo de ideias, em meio a filmes, músicas, livros e filosofias, foi assim que nos rendemos a realidade dos sexos e fizemos jus ao feitiço das circunstâncias, com o tempo: Pilhérias.
Foi assim que nos perdemos em atalhos desnecessários.
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